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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

BIKE SHARE Bicicletário começará a funcionar em janeiro de 2013


Inicialmente, serviço de empréstimo de bike funcionará no Centro do Recife

Até janeiro de 2013, os transeuntes dos bairros do Recife, Santo Amaro e Santo Antônio, Centro do Recife, serão os primeiros a dispor do serviço de empréstimos de bicicletas. Na manhã desta quarta-feira (28), foi assinado um convênio entre representantes do Porto Digital e da Prefeitura do Recife que irá implantar na Capital pernambucana o serviço conhecido como “bike share”, utilizado nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Esta é a primeira etapa do projeto Mobilidade Urbana do Porto Digital, o Porto Leve, que inclui ainda ações como a instalação de câmeras e o aluguel de carros elétricos. Ao todo, serão disponibilizadas dez estações com dez unidades cada.
Para utilizar o serviço, o ciclista deverá se inscrever através de um portal da internet e cadastrar um cartão de crédito para o pagamento de uma taxa mensal de R$ 10. O tempo máximo de utilização da bicicleta é de 30 minutos, e o usuário pode retirá-la numa estação e devolvê-la no equipamento mais próximo do seu destino. Esta etapa do projeto tem um custo de R$ 1,6 milhão, e a expectativa é que dois mil usuários sejam cadastrados em um período de dois anos. O presidente do Porto digital, Francisco Saboya, explicou que o objetivo é atender ao entorno da instituição. “O público-alvo são as pessoas que trabalham no Centro, mas é importante colocar que essa é uma oportunidade para a população experimentar essa nova tecnologia, que futuramente pode ser expandida para o resto da cidade. Nesse caso, já teremos conhecimento acumulado sobre o tema”.
Saboya dá um exemplo do funcionamento do sistema de empréstimos. “Muitas pessoas que trabalham no Recife Antigo desembarcam dos ônibus no Cais de Santa Rita. Imagine o ganho em praticidade e conforto se elas puderem pegar uma bicicleta neste terminal e chegar no seu trabalho muito mais rápido? Depois, é só deixar o veículo na estação de devolução mais próxima”.
Para o professor de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), César Cavalcanti, apesar de limitada a uma área específica, a iniciativa é uma demonstração do potencial da Cidade. “Acredito que o projeto pode mostrar que outras formas de locomoção são possíveis no Recife. Estamos viciados no uso do automóvel, mas uma experiência como essa estimula a consciência da sociedade para outras alternativas. Imagino que surgirão limitações, já que o trânsito da bicicleta é muito vulnerável, mas essa é uma sinalização para a sociedade”, argumentou. Para o especialista, para que a bicicleta possa fazer parte da vida do recifense, do ponto de vista técnico, é preciso não apenas construir ciclofaixas, mas também bicicletários, já que o veículo é mais suscetível a roubos.
Há cinco anos, o professor Frederico Toscano usa a bicicleta como meio de transporte. Ele considera a ideia positiva, mas aponta vários empecilhos para o seu bom funcionamento. “O bike share em si é uma boa iniciativa, mas questiono o quanto a cidade está apta a fazer uso desse novo equipamento. O ciclista ainda é invisível no trânsito do Recife. Hoje (quarta-feira, 28) mesmo, seguindo pela ciclofaixa da avenida Ayrton Sena, em Piedade, quase fui atropelado. Quando disse à motorista que eu estava na ciclofaixa, ela me fez um gesto obsceno e foi embora. Muitos ciclistas também burlam leis - andam pelas calçadas e na contramão. Ou seja, se não houver um grande projeto de educação, fiscalização e punição no trânsito, não sei se os recifenses conseguirão usar o equipamento corretamente”, analisou.


CONVÊNIO para implantação do “bike share” na Capital foi assinado nesta quarta

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