Páginas

Pesquisar este blog

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

pt x psbEm carta, Humberto diz ser contrário à participação do PT na gestão de Geraldo POSTADO ÀS 18:57 EM 28 DE NOVEMBRO DE 2012


Foto: Flora Pimentel/JC Imagem
O racha entre PT e PSB no Recife ganhou um nome capítulo nesta quarta-feira (28). Em comunicado enviado à imprensa, o senador Humberto Costa (PT) - que perdeu a disputa pela Prefeitura do Recife para o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Geraldo Julio (PSB) - disse que é contrário à participação de petistas na futura gestão socialista, defendendo que a legenda fique independente.
"A posição de Humberto não é de veto ao governo de Geraldo Júlio e muito menos o de alinhamento com a direita. Pelo contrário, o PT pode e deve ajudar no quer for preciso a cidade e a gestão. Assim como em outros momentos o PSB adotou postura semelhante para com o PT - como no segundo governo João Paulo, em que os socialistas deixaram a gestão petista, mas apoiaram os projetos importantes", explica o texto.
"Humberto lembra que Geraldo Júlio venceu no Recife com um discurso de oposição, questionando pontos estruturais do projeto de 12 anos da gestão do PT no Recife, derrotando não apenas o candidato, mas o próprio partido", completa.
Após liderar um movimento que rifou o prefeito João da Costa (PT) de tentar a reeleição, Humberto saiu candidato junto com o deputado federal João Paulo (PT). Ele esperava o apoio do governador Eduardo Campos (PSB), o que não ocorreu. O socialista bancou a candidatura do seu ex-secretário, que venceu o pleito já no primeiro turno.
No comunicado, Humberto ainda diz que o PSB excluiu o PT da Frente Popular. "O apoio puro e simples ao governo Geraldo Júlio significaria fechar os olhos para esta realidade e representaria uma postura de capitulação política. Com esta atitude, o PT pode deixar de se ser uma alternativa de poder no Recife, negando a sua história e a sua missão".
Leia a nota completa de Humberto:
O senador do PT de Pernambuco, Humberto Costa, vem a público explicitar a sua posição contrária à participação do partido na futura gestão de Geraldo Júlio à frente da Prefeitura do Recife e apoiar uma posição de independência da bancada de vereadores do PT na Câmara Municipal, defendendo o que considerar positivo e questionando o que não for de interesse da cidade.

A posição de Humberto não é de veto ao governo de Geraldo Júlio e muito menos o de alinhamento com a direita. Pelo contrário, o PT pode e deve ajudar no quer for preciso a cidade e a gestão. Assim como em outros momentos o PSB adotou postura semelhante para com o PT - como no segundo governo João Paulo, em que os socialistas deixaram a gestão petista, mas apoiaram os projetos importantes.

Não é só participando com cargos que se colabora com o governo e com o povo do Recife. O próprio Humberto já se comprometeu a elaborar emendas parlamentares para a capital e em defender os interesses da cidade e de todo o Estado no Congresso Nacional.

Humberto lembra que Geraldo Júlio venceu no Recife com um discurso de oposição, questionando pontos estruturais do projeto de 12 anos da gestão do PT no Recife, derrotando não apenas o candidato, mas o próprio partido.

O senador ainda destaca que vários pontos do programa de governo do PSB na capital são divergentes das posições políticas do PT em áreas como: participação popular, saúde, saneamento básico, educação, entre outros. Vale registrar ainda que o partido não fez nenhuma discussão programática sobre a sua adesão ao projeto do novo prefeito.

O debate político sobre a participação do PT no governo de Geraldo Júlio difere em tudo da posição do partido no Estado. Ao contrário do que aconteceu nas eleições deste ano – em que o PT foi excluído da Frente Popular do Recife -, o partido foi parte integrante do grupo que ajudou na vitória do governador Eduardo Campos, tanto na sua primeira eleição, como no seu segundo mandato, onde também ajudou a eleger dois senadores, sendo um deles do próprio PT.

O alinhamento vertical e automático, portanto, não é um argumento político válido. Se fosse, o PSB teria dado apoio ao PT nas eleições deste ano, já que a legenda comandava o Recife e contribuía para o bom equilíbrio entre as foças políticas no Estado.
O apoio puro e simples ao governo Geraldo Júlio significaria fechar os olhos para esta realidade e representaria uma postura de capitulação política. Com esta atitude, o PT pode deixar de se ser uma alternativa de poder no Recife, negando a sua história e a sua missão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário