A maior incidência do tumor ocorre nas regiões Norte e Nordeste e está associada não só à baixa condição socioeconômica das populações locais, mas também à falta de higiene e de conhecimento
Publicação: 24/09/2013 15:38
Higiene pode ser a receita simples, mas eficaz, para evitar que os homens sofram com uma doença que, além de incapacitá-los fisicamente, pode terminar aniquilando a sua vida em termos psicológicos. Para prevenir a doença, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) deu início à Campanha de Câncer de Pênis Zero, em parceria com o Instituto Lado a Lado pela Vida.
O padrinho da campanha é o ex-jogador de futebol Zico, atual técnico do Al Gharafa, do Qatar, que se ofereceu como voluntário. As ações ocorrerão nas cidades de João Pessoa, na Paraíba, Recife e Garanhuns, em Pernambuco; Fortaleza e Reriutaba, no Ceará, além de Teresina, no Piauí. Na próxima semana, cidades da Bahia serão incorporadas à campanha.
Segundo disse nesta segunda-feira (23/9) à Agência Brasil o presidente da SBU, Aguinaldo Nardi, a maior incidência do tumor ocorre nas regiões Norte e Nordeste e está associada não só à baixa condição socioeconômica das populações locais, mas também à falta de higiene e de conhecimento.
Ele informou que as populações menos favorecidas são as que mais têm câncer de pênis. “São as mais excluídas da informação e aquelas que são mais difíceis de chegar ao médico também”. Em geral, os homens moram longe dos centros médicos adequados. “É preciso melhorar o acesso da população ao urologista”.
O tumor de pênis é raro, ao contrário do câncer de próstata, que apresenta 60 mil novos casos por ano. Entretanto, a média de 1,6 mil amputações anuais, por câncer de pênis, é considerada elevada pela SBU. “Porque é uma doença que incapacita muito. É uma doença que aniquila o homem na sua concepção exata, não só na sua anatomia, mas na sua vida”.
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Nardi esclareceu que o câncer de pênis é evitável. Para isso, basta que o homem tenha uma higiene adequada da área genital. “Ou seja, água e sabão. Lavando o pênis todo dia, não há problema de ter câncer de pênis”.
Outra providência é evitar doenças sexualmente transmissíveis com o uso de preservativo, a conhecida camisinha. “É sabido que o HPV, que é o vírus do papiloma humano, está ligado ao câncer de pênis”. Lembrou, ainda, que a presença de fimose, quando a pessoa não consegue expor a glande, isto é, a cabeça do pênis, é um fator de risco para câncer de pênis.
A prevenção deve começar na infância, recomendou o presidente da SBU. Cabe à família e aos pais, inicialmente e, depois, à escola, orientar os meninos quanto aos procedimentos que devem ser adotados para uma adequada higiene. Nardi destacou que a doença é um problema social e de educação. “A gente precisa concentrar esforços de toda a sociedade organizada ou não, Estado e entidades, para que se possa levar a informação às pessoas mais carentes. Aos excluídos da informação”.
Índia, Egito e alguns lugares da África apresentam maior incidência da doença. Na Índia, por exemplo, a taxa é 3,32 casos a cada 100 mil habitantes. A menor incidência, próxima a zero, é encontrada nos judeus nascidos em Israel. Aguinaldo Nardi destacou que no Brasil, algumas cidades do Norte e Nordeste têm incidência semelhante à da Índia, Egito e África.
“Não é desinteresse. A gente tem muito o que fazer. É que [o problema] é mais concentrado no Norte e no Nordeste do que na Região Sudeste ou no Sul. É importante que a gente atue nestes locais, onde a incidência é tão grande como nos países de maior incidência do mundo”.
Participam da campanha 100 urologistas voluntários, que moram nas capitais ou cidades do interior, além de outros especialistas que estão aderindo graças a convênio que a SBU e as Forças Armadas. “Estão indo para colaborar no atendimento aos pacientes, na informação à população e na realização de cirurgias de fimose”.
A campanha deve se estender até o final do ano nos locais de incidência elevada de câncer de pênis. A SBU se prepara para promover nova campanha com o mesmo objetivo, em 2014. “A gente vai insistir nisso, porque sabemos da importância de uma amputação para o brasileiro”.
No portal da SBU, os interessados poderão tirar dúvidas sobre a doença. O principal sintoma de alerta é o aparecimento de uma ferida que não cicatriza, disse Nardi. “Toda ferida no pênis que não cicatriza, revela importância de procurar um médico para saber o que é. Pode ser um câncer de pênis”.
O presidente da SBU informou que na fase inicial, a doença exige uma cirurgia pequena. Significa que existe uma possibilidade elevada de cura. “Quanto mais cedo fizer o diagnóstico de câncer de pênis, menor é o tratamento, menor é a invasão do tratamento cirúrgico”.
Quem estiver interessado em realizar o exame urológico, tirar dúvidas e obter encaminhamento para seu caso, sendo cirúrgico ou não, deverá procurar os hospitais participantes da campanha. No dia 27, estão programados para atendimento o Instituto Médico Integrado Professor Antônio Figueira, no Recife, e o Hospital São Marcos, em Teresina. No dia 28, os urologistas que fazem parte da campanha atenderão no Hospital Municipal Santa Isabel e no Centro Médico em Praça Caldas Brandão, em João Pessoa; no Hospital Dom Moura, em Garanhuns (PE); na Santa Casa de Misericórdia, em Fortaleza; e no Hospital Rita do Vale Rego, em Reriutaba (CE).
O padrinho da campanha é o ex-jogador de futebol Zico, atual técnico do Al Gharafa, do Qatar, que se ofereceu como voluntário. As ações ocorrerão nas cidades de João Pessoa, na Paraíba, Recife e Garanhuns, em Pernambuco; Fortaleza e Reriutaba, no Ceará, além de Teresina, no Piauí. Na próxima semana, cidades da Bahia serão incorporadas à campanha.
Segundo disse nesta segunda-feira (23/9) à Agência Brasil o presidente da SBU, Aguinaldo Nardi, a maior incidência do tumor ocorre nas regiões Norte e Nordeste e está associada não só à baixa condição socioeconômica das populações locais, mas também à falta de higiene e de conhecimento.
Ele informou que as populações menos favorecidas são as que mais têm câncer de pênis. “São as mais excluídas da informação e aquelas que são mais difíceis de chegar ao médico também”. Em geral, os homens moram longe dos centros médicos adequados. “É preciso melhorar o acesso da população ao urologista”.
O tumor de pênis é raro, ao contrário do câncer de próstata, que apresenta 60 mil novos casos por ano. Entretanto, a média de 1,6 mil amputações anuais, por câncer de pênis, é considerada elevada pela SBU. “Porque é uma doença que incapacita muito. É uma doença que aniquila o homem na sua concepção exata, não só na sua anatomia, mas na sua vida”.
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Nardi esclareceu que o câncer de pênis é evitável. Para isso, basta que o homem tenha uma higiene adequada da área genital. “Ou seja, água e sabão. Lavando o pênis todo dia, não há problema de ter câncer de pênis”.
Outra providência é evitar doenças sexualmente transmissíveis com o uso de preservativo, a conhecida camisinha. “É sabido que o HPV, que é o vírus do papiloma humano, está ligado ao câncer de pênis”. Lembrou, ainda, que a presença de fimose, quando a pessoa não consegue expor a glande, isto é, a cabeça do pênis, é um fator de risco para câncer de pênis.
A prevenção deve começar na infância, recomendou o presidente da SBU. Cabe à família e aos pais, inicialmente e, depois, à escola, orientar os meninos quanto aos procedimentos que devem ser adotados para uma adequada higiene. Nardi destacou que a doença é um problema social e de educação. “A gente precisa concentrar esforços de toda a sociedade organizada ou não, Estado e entidades, para que se possa levar a informação às pessoas mais carentes. Aos excluídos da informação”.
Índia, Egito e alguns lugares da África apresentam maior incidência da doença. Na Índia, por exemplo, a taxa é 3,32 casos a cada 100 mil habitantes. A menor incidência, próxima a zero, é encontrada nos judeus nascidos em Israel. Aguinaldo Nardi destacou que no Brasil, algumas cidades do Norte e Nordeste têm incidência semelhante à da Índia, Egito e África.
“Não é desinteresse. A gente tem muito o que fazer. É que [o problema] é mais concentrado no Norte e no Nordeste do que na Região Sudeste ou no Sul. É importante que a gente atue nestes locais, onde a incidência é tão grande como nos países de maior incidência do mundo”.
Participam da campanha 100 urologistas voluntários, que moram nas capitais ou cidades do interior, além de outros especialistas que estão aderindo graças a convênio que a SBU e as Forças Armadas. “Estão indo para colaborar no atendimento aos pacientes, na informação à população e na realização de cirurgias de fimose”.
A campanha deve se estender até o final do ano nos locais de incidência elevada de câncer de pênis. A SBU se prepara para promover nova campanha com o mesmo objetivo, em 2014. “A gente vai insistir nisso, porque sabemos da importância de uma amputação para o brasileiro”.
No portal da SBU, os interessados poderão tirar dúvidas sobre a doença. O principal sintoma de alerta é o aparecimento de uma ferida que não cicatriza, disse Nardi. “Toda ferida no pênis que não cicatriza, revela importância de procurar um médico para saber o que é. Pode ser um câncer de pênis”.
O presidente da SBU informou que na fase inicial, a doença exige uma cirurgia pequena. Significa que existe uma possibilidade elevada de cura. “Quanto mais cedo fizer o diagnóstico de câncer de pênis, menor é o tratamento, menor é a invasão do tratamento cirúrgico”.
Quem estiver interessado em realizar o exame urológico, tirar dúvidas e obter encaminhamento para seu caso, sendo cirúrgico ou não, deverá procurar os hospitais participantes da campanha. No dia 27, estão programados para atendimento o Instituto Médico Integrado Professor Antônio Figueira, no Recife, e o Hospital São Marcos, em Teresina. No dia 28, os urologistas que fazem parte da campanha atenderão no Hospital Municipal Santa Isabel e no Centro Médico em Praça Caldas Brandão, em João Pessoa; no Hospital Dom Moura, em Garanhuns (PE); na Santa Casa de Misericórdia, em Fortaleza; e no Hospital Rita do Vale Rego, em Reriutaba (CE).
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