Páginas

Pesquisar este blog

domingo, 8 de setembro de 2013

ELEIÇÕES Partidos buscam reforços para 2014

A menos de 30 dias do prazo final para filiações, legendas governistas e da oposição tentam atrair nomes para a disputa eleitoral, sem preocupação com lealdade

Publicado em 08/09/2013, às 07h18

Na reta final do prazo de filiações partidárias, com vistas às eleições de 2014, as siglas intensificam articulações em busca de novos quadros. Seja identificando lideranças sociais, seja assediando nomes de outros partidos com musculatura eleitoral, a movimentação é intensa, ainda que dirigentes minimizem o fato. Para não correr riscos de perder possíveis conquistas, dirigentes evitam dar detalhes sobre negociações e nomes.
“Estamos com o mapa na mesa, ouvindo lideranças, mas, por enquanto, são só conversas”, despista Adilson Gomes, secretário-geral do PSB estadual. O partido, conhecido pelo estilo agressivo de atrair novos filiados, pode receber nos próximos dias o vice-governador João Lyra Neto, que está pronto para deixar o PDT. Outro que está sendo esperado nas hostes socialistas é o deputado estadual petista André Campos, que até terça (10) pode anunciar se fica ou sai do PT. “Precisamos ampliar a nossa bancada federal para dar suporte a uma eventual candidatura presidencial (Eduardo Campos)”, justifica Adilson Gomes a estratégia arrojada.
Do outro lado do jogo político, os que estão no campo árido da oposição enfrentam uma realidade distinta. “Naturalmente que é mais difícil para um partido que está na oposição atrair novos filiados”, reconhece o deputado Daniel Coelho (PSDB), líder na Assembleia. “Mas o PSDB vive um momento bom de renovação, com a perspectiva de um novo candidato a presidente (Aécio Neves, Minas). Quase todos os dias tem alguém chegando”, afirma.
Para os que podem desembarcar da base governista (a Frente Popular), como PTB e PT, o momento está sendo também de decisão. O PTB tem feito encontros regionais, como o que reuniu seus 24 prefeitos e 219 vereadores em Caruaru, dia 30 de agosto. “Há três meses estamos identificando lideranças. Temos 38 mil filiados no Estado e pretendemos ampliar esse número”, revela o secretário-geral, José Humberto Cavalcanti.
Outro petebista, o deputado estadual Sílvio Costa Filho, é mais direto ao reconhecer a necessidade de reforçar o partido. “Da mesma forma que o sonho do PSB é disputar a presidência, o sonho do PTB é concorrer ao governo do Estado. É preciso formar uma chapa competitiva”, resume.
No PT, diferentemente, a proximidade do fim do prazo para mudança partidária, 5 de outubro, não muda o ritmo de adesões, segundo o presidente estadual e deputado federal, Pedro Eugênio. “Não há uma intensificação neste momento, porque as pessoas que vão se candidatar em 2014 já estão filiadas. A pessoa que se filia (ao PT) geralmente o faz por afinidade, e só depois pensa em candidatar-se.”
O PMDB e o DEM, duas siglas que já dominaram o mapa político estadual, adotam estratégias distintas. Enquanto os peemedebistas preparam dois encontros de lideranças em Gravatá, até o fim do mês, os democratas preferem trabalhar na surdina. “Estamos fazendo contatos estratégicos, um trabalho silencioso, para evitar o assédio pelo partido (PSB) que está no poder”, diz Mendonça Filho, presidente estadual do DEM.

Nenhum comentário:

Postar um comentário