Partido vai esperar o posicionamento oficial do PSB para se posicionar sobre o episódio
Publicado em 18/09/2013, às 06h55
Mesmo com o PSB entregando os cargos no governo federal, encaminhado o rompimento com o PT para a eleição de 2014, a posição do presidente estadual do partido, Pedro Eugênio (PT), é de cautela. O dirigente evitou antecipar como a eventual quebra da aliança nacional influenciará de imediato o contexto político em Pernambuco, onde os petistas integram as administrações socialistas no governo e na Prefeitura do Recife.
“Vamos esperar a decisão que o PSB tomará, hoje, na reunião da Executiva nacional para ver como o PT se posicionará aqui. Não adianta trabalhar com hipóteses. Vamos aguardar a decisão”, afirmou o petista. Ele também manteve a estratégia de “jogar no colo” do PSB a responsabilidade de um possível rompimento.
De acordo com Pedro Eugênio, o PT sempre “defendeu” a permanência do PSB na base aliada e nunca pressionou o partido a tomar nenhuma decisão. “Sempre defendemos a aliança com o PSB e nunca houve pressão para nada. Eles (o PSB) é que começaram a se movimentar para lançar candidato à Presidência no ano que vem”, disse, sem mencionar diretamente o governador Eduardo Campos.
O cuidado de Pedro Eugênio ao tratar das consequências da ruptura das duas legendas no cenário estadual reflete a ambiguidade que passou a caracterizar a relação entre PT e PSB desde a eleição municipal, em que as siglas marcharam em lados opostos. Na época, chegou-se a cogitar a entrega de cargos ocupados por petistas no governo do Estado, o que terminou não ocorrendo.
No Executivo estadual, um dos entraves seria o caso de Isaltino Nascimento (PT), à frente da pasta de Transportes. Apesar de petista, é bastante ligado ao governador e a hipótese de vir a quebrar esse vínculo é considerada improvável nos bastidores.
A mesma avaliação serve para a esfera municipal, em que o PT é representado por Eduardo Granja (PT), na gestão de Geraldo Julio (PSB). Ele comanda a Secretaria de Habitação e pertence ao grupo do ex-prefeito João da Costa (PT).
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