Espaço criado pelo fotógrafo Chico Barros tem tudo para se tornar um centro de referência em pesquisa, formação e produção da imagem contemporânea
Publicado em 26/09/2013, às 06h09
Chico Barros investe em ideias sofisticadas e equipamentos de alta tecnologia
Ricardo B. Labastier/JC Imagem
Quando abrir as portas hoje pela primeira vez – com a exposição Arqueologia de ficções, do artista e fotógrafo Gilvan Barreto e curadoria da antropóloga Geórgia Quintas –, o Capibaribe Centro de Imagem vai começar a mudar o que o público pernambucano mais ligado em arte entende por fotografia. O espaço, que pertence ao fotógrafo Chico Barros, se estabelece como um complexo voltado para pesquisa, discussão, exposição e lançamento de qualquer trabalho voltado para a arte impressa que possa ser tangenciado, de várias formas,
pelas técnicas fotográficas. (Veja matéria e galeria de fotos no link ao lado)
Para os amantes do método mais antigo de captação fotográfica, o analógico, Chico dispõe de sete câmeras com especificidades e formatos diferentes, além de ampliadores. Para quem quiser trabalhar com tecnologia de ponta, o Capibaribe Centro de Imagem oferece o que há de mais moderno em gerenciamento de cores. “É o que diferencia nosso trabalho. Tudo é feito com o I1 Pro 2, conjunto de equipamentos e softwares que possibilitam o máximo de controle entre a imagem que se vê no monitor do computador e o que é impresso no papel. Para isso, faz uma leitura (calibragem) de cor para cada tipo de papel disponível no mercado, de acordo com suas características: porosidade, brilho, transparência, etc.”, explica Chico.
“A ideia é que o centro seja utilizado como um espaço de pesquisa. Queremos agregar pessoas que buscam trabalhar com a imagem impressa, não apenas fotográfica. Pode ser ilustração, por exemplo. Nossa proposta é investigar soluções técnico-artísticas para desafios propostos pela arte”, define Chico.
Como nem só de desafios técnicos vive o homem, o Capibaribe Centro de Imagem nasce também com a proposta de instalar no Recife uma espécie de fórum permanente sobre o status da fotografia no mundo contemporâneo, incluindo sua apropriação pela arte. Para desenvolver esse projeto, vai estabelecer uma programação regular de exposições, lançamentos, debates, cursos e oficinas. A primeira mostra do espaço já evidencia seu alcance aglutinador, unindo o artista e fotógrafo pernambucano radicado no Rio de Janeiro Gilvan Barreto com a curadoria da antropóloga Georgia Quintas, também pernambucana, mas que vive em São Paulo. Ambos transitam com propriedade e têm o nome bastante consolidado no meio fotográfico brasileiro.
Outra boa notícia do Capibaribe Centro de Imagem é a criação de uma vaga de residência artística para estudantes de fotografia. “Estudamos a possibilidade de ter, anualmente, um aluno que queira se aperfeiçoar nas técnicas analógicas”, anuncia.
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