Diário de Guarapuava
FolhaPress
Por Reynaldo Turollo Jr.
SÃO PAULO, SP, 21 de agosto (Folhapress) - Manifestantes que se reuniram à tarde em frente à Câmara Municipal do Recife e policiais que faziam o isolamento do edifício entraram em confronto no início da noite de hoje.
Houve ônibus incendiado, vidraças e guaritas da Câmara danificadas e depredação pelas ruas do entorno do parque Treze de Maio. Parte dos manifestantes permanecia em frente à Câmara por volta das 20h10. Parte já tinha dispersado.
Um grupo utilizava máscaras e táticas semelhantes às do "black bloc" - que prega a destruição de patrimônio e símbolos do capitalismo.
O protesto, organizado por militantes que pedem o passe livre e uma CPI do transporte público na cidade, teve a participação de 500 a 600 pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar.
De acordo com a corporação, a confusão começou porque os manifestantes arremessaram pedras e coquetéis molotov contra os policiais, que revidaram com balas de borracha.
Estão no local policiais do Batalhão de Choque e do policiamento com motocicletas, além de outros dois batalhões de policiamento da área.
Até as 20h10, ninguém havia sido detido e não havia informações sobre feridos, informou a PM.
Segundo a polícia, os manifestantes alegaram estar revoltados porque a presidência da Câmara não aceitou recebê-los. Em carta aberta em sua página no Facebook, líderes do 7º Ato pelo Passe Livre e pela CPI dos Transportes afirmaram que o vereador Vicente André Gomes (PSB), presidente da Câmara, descumpriu o acordo que fez com o grupo para instaurar uma CPI.
"O que vimos [...] foi o rompimento do acordo e uma série de falácias por parte do presidente da Câmara, que tentou enterrar o pedido de CPI com base em mentiras e na defesa dos interesses do governo e dos empresários do transporte", diz o texto na rede social.
Outro lado
O vereador Vicente André Gomes afirmou à reportagem que o pedido de CPI foi arquivado porque o regimento da Casa exige a coleta de 13 assinaturas para a instauração de uma comissão. "Só um vereador assinou. Nem a oposição assinou", disse o presidente da Câmara.
Segundo ele, foi criada na semana passada uma comissão especial com a função de se articular com o movimento pelo passe livre e levar suas demandas aos governos estadual e municipal, mas essa aproximação falhou por falta de diálogo por parte dos manifestantes.
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