Projetos nucleares são apontados pelo primeiro-ministro israelense como estratégia para destruir o estado de Israel
AFP - Agence France-Presse
Publicação: 04/08/2013 13:50
Benjamin Netanyahu abre a reunião semanal de seu gabinete neste domingo (4), em Jerusalém. Foto: Gali Tibbon/AFP |
"O novo presidente do Irã comparou Israel a uma ferida no corpo do mundo muçulmano. O presidente do Irã talvez tenha mudado, mas os objetivos do regime ainda são os mesmos", disse Netanyahu durante a reunião semanal de seu gabinete em Jerusalém.
"A intenção do Irã é desenvolver capacidades e armas nucleares com o objetivo de destruir o Estado de Israel", afirmou o premier israelense. O Irã nega as acusações de Israel e do Ocidente de usar seu programa nuclear civil como pretexto para produzir secretamente uma bomba atômica.
Durante um encontro de solidariedade com palestinos e contra o estado hebraico na última sexta-feira, Rohani declarou: "Na nossa região, uma ferida foi criada no corpo do mundo islâmico pela ocupação da terra santa da Palestina e do nosso caro Qods (Jerusalém)" por Israel.
Netanyahu criticou imediatamente a declaração de Rohani afirmando que "o presidente mudou no Irã, mas não o objetivo do regime de fabricar a bomba nuclear a fim de ameaçar Israel, o Oriente Médio e a paz e a segurança de todo o mundo". Israel é considerado a única potencial nuclear da região.
O Irã não reconhece a existência de Israel e apoia movimentos islamitas palestinos e o movimento xiita Hezbollah, que combatem o Estado judaico.
Em 14 de julho, em entrevista a uma televisão americana, Netanyahu alertou que Israel poderia fazer uma intervenção militar contra o Irã antes mesmo dos Estados Unidos, e chamou Rohani de "lobo em pele de cordeiro".
O novo presidente iraniano prometeu maior flexibilidade no diálogo com o Ocidente, mas sua eleição não marca de fato uma ruptura política no Irã, já que os assuntos estratégicos como a questão nuclear e as relações internacionais ficam sob a alçada direta do Guia Supremo, Ali Khamenei.
O antecessor de Rohani, Mahmoud Ahmadinejad, multiplicou os ataques contra Israel durante seus oito anos de mandato, colocando em xeque a existência do holocausto e afirmando que o país estava fadado ao "desaparecimento".
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