De acordo com o jornalista britânico Glenn Greenwald, que teve acesso aos documentos vazados por Snowden, os papéis mostram os espiões da NSA comemorando o sucesso da interceptação
Publicado em 02/09/2013, às 07h52
Do Jornal do Commercio
Foto: AFP
Mais denúncias oriundas dos documentos vazados pelo ex-agente terceirizado da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) Edward Snowden atingem diretamente o centro do poder no Brasil: de acordo com o programa Fantástico, da Rede Globo, exibido na noite de ontem, as comunicações da presidente Dilma Rousseff e seus principais assessores foram alvo de interceptação por parte da órgão americano. O governo do Brasil vai pedir mais explicações aos EUA, além de convocar o embaixador do país em Brasília, Thomas Shannon, para mais esclarecimentos.
De acordo com o jornalista britânico Glenn Greenwald, que teve acesso aos documentos vazados por Snowden, os papéis mostram os espiões da NSA comemorando o sucesso da interceptação. "Fica claro que eles fizeram essa espionagem", disse Greenwald, que escreve para o jornal britânico The Guardian, à repórter Sônia Bridi.
Em julho de 2012, a NSA espionou Dilma e o então candidato à Presidência do México, o atual presidente Enrique Peña Nieto. Enquanto no caso brasileiro não é citado nenhum conteúdo, no mexicano, há até o nome de futuros ministros. A reportagem informa que os espiões comentaram que a operação de coleta de dados das comunicações de Dilma eos ministros, além de conversas telefônicas e mensagens de e-mails entre ministros, assessores e até mesmo outras pessoas que não são do governo.
O escritor americano James Bramford, autor de três livros sobre a NSA, diz que a agência americana tem agentes na Embaixada dos Estados Unidos em Brasília e também no Consulado-Geral do Rio de Janeiro. "Antenas instaladas em ambas as representações diplomáticas coletam sinais de telefones de celulares", afirma Bramford.
Citado por Greenwald na reportagem, Edward Snowden afirmou que "a tática do governo dos Estados Unidos é dizer que tudo pode ser justificado por causa do terrorismo, mas a maioria da espionagem não tem nada a ver com segurança nacional, mas sim com comércio e indústria".
REAÇÃO - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi direto: "Se comprovados os fatos, eles são inaceitáveis". Cardozo passou a semana nos EUA tratando das denúncias anteriores de espionagem com gente do primeiro escalão do governo americano, como o vice-presidente Joe Biden e o procurador-geral Eric Holder. "É uma clara violação da soberania nacional."
Além de convocar Shannon para mais explicações, o Brasil quer esclarecimento formal de Washington e vai às Nações Unidas cobrar uma ação contra este tipo de interceptação. As medidas foram decididas em reunião da presidente Dilma Rousseff com seus assessores.
De acordo com o jornalista britânico Glenn Greenwald, que teve acesso aos documentos vazados por Snowden, os papéis mostram os espiões da NSA comemorando o sucesso da interceptação. "Fica claro que eles fizeram essa espionagem", disse Greenwald, que escreve para o jornal britânico The Guardian, à repórter Sônia Bridi.
Em julho de 2012, a NSA espionou Dilma e o então candidato à Presidência do México, o atual presidente Enrique Peña Nieto. Enquanto no caso brasileiro não é citado nenhum conteúdo, no mexicano, há até o nome de futuros ministros. A reportagem informa que os espiões comentaram que a operação de coleta de dados das comunicações de Dilma eos ministros, além de conversas telefônicas e mensagens de e-mails entre ministros, assessores e até mesmo outras pessoas que não são do governo.
O escritor americano James Bramford, autor de três livros sobre a NSA, diz que a agência americana tem agentes na Embaixada dos Estados Unidos em Brasília e também no Consulado-Geral do Rio de Janeiro. "Antenas instaladas em ambas as representações diplomáticas coletam sinais de telefones de celulares", afirma Bramford.
Citado por Greenwald na reportagem, Edward Snowden afirmou que "a tática do governo dos Estados Unidos é dizer que tudo pode ser justificado por causa do terrorismo, mas a maioria da espionagem não tem nada a ver com segurança nacional, mas sim com comércio e indústria".
REAÇÃO - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi direto: "Se comprovados os fatos, eles são inaceitáveis". Cardozo passou a semana nos EUA tratando das denúncias anteriores de espionagem com gente do primeiro escalão do governo americano, como o vice-presidente Joe Biden e o procurador-geral Eric Holder. "É uma clara violação da soberania nacional."
Além de convocar Shannon para mais explicações, o Brasil quer esclarecimento formal de Washington e vai às Nações Unidas cobrar uma ação contra este tipo de interceptação. As medidas foram decididas em reunião da presidente Dilma Rousseff com seus assessores.
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