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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Conselho de Ética da Câmara abre processo contra Jair Bolsonaro

Deputado é acusado de agredir senador durante visita à antiga sede do DOI-Codi no Rio de Janeiro
por Mario Coelho, do Congresso em Foco publicado 26/09/2013 09:49,
©SÉRGIO LIMA/FOLHAPRESS
jair bolsonaro
Bolsonaro nega agressão e diz que jogará representação na privada

Brasília – O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados instaurou ontem (25) processo por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Ele é acusado de ter agredido com um soco no estômago o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) durante uma visita de parlamentares ao 1º Batalhão de Polícia do Exército, no Rio de Janeiro, local que sediou o DOI-Codi durante a ditadura militar.
A representação foi protocolada ontem no órgão da Casa pelo presidente do Psol, deputado Ivan Valente (SP). Para o partido, Bolsonaro extrapolou todos os limites do decoro parlamentar ao agredir fisicamente um senador da República. Após a abertura do processo, foi sorteada a lista tríplice com os deputados para a escolha do relator.
Estão no páreo os deputados Izalci (PSDB-DF), Sérgio Moraes (PDT-RS) e Zequinha Marinho (PSC-PA). O parlamentar do Distrito Federal responde a dois inquéritos (3344 e 3671), por peculato e prestação de contas, no Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes ficou conhecido nacionalmente por dizer que “se lixa para a opinião pública” e Marinho está envolvido no episódio da Caixinha do PSC.
Na segunda-feira (23), Bolsonaro negou ter dado o soco em Randolfe e que tudo não passou de um empurra empurra com troca de acusações. Ele afirmou que, se tivesse agredido o senador do Amapá, este “teria desmontado”. Na terça, voltou a rejeitar a acusação e disse que vai emoldurar a notificação da representação por quebra de decoro parlamentar no seu gabinete.
Ainda disse que “jogaria na privada” a representação do Psol assim que fosse notificado. Durante a reunião do Conselho de Ética, o deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ) brincou. “Sugiro que não entregue no gabinete do deputado. Ele disse que vai jogar na privada”, afirmou após a formação da lista tríplice de relatores.

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