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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

MÚSICA Prefeitura de Garanhuns prepara mausoléu para Dominguinhos

Expectativa do prefeito Izaías Regis é a de que a transferência dos restos mortais do músico seja feita até sexta-feira

Do JC Online


O prefeito de Garanhuns, Izaías Regis, reúne-se neste sábado (17) com a filha de Dominguinhos, Liv Moraes, para apresentar o projeto do mausoléu que deverá abrigar os restos mortais do sanfoneiro na cidade. Segundo o prefeito, Liv já concordou com a transferência do corpo, que está sepultado no cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife. A expectativa do prefeito, contudo, é que a transferência possa ser realizada até sexta-feira, em tempo de realizar a missa de 30 dias de falecimento em Garanhuns.
No entanto, a viúva de Dominguinhos e mãe de Liv Moraes, Guadalupe, não acredita que haverá tempo hábil até sexta-feira. "Não tem condições, ainda não há um lugar adequado em Garanhuns. O projeto do prefeito está no papel. Quando estiver pronto, aí sim, poderemos fazer a transferência do corpo", disse Guadalupe. O prefeito reconhece que a obra do mausoléu não estará concluída até sexta-feira.
"Começamos hoje (ontem) a obra. Os operários estão trabalhando diuturnamente, mas não é viável terminar até sexta-feira. Teremos talvez 80% pronto até lá", disse Izaías Regis. O mausoléu ficará no cemitério São Miguel, na Avenida Luís Burgos, ao lado do túmulo do cantor e compositor Augusto Calheiros. O projeto do mausoléu é do arquiteto Roberto Maia.
Há dez dias, o local de sepultamento de Dominguinhos tornou-se objeto de uma ação judicial de iniciativa de Mauro Moraes, filho do sanfoneiro. Ele se baseou numa entrevista do pai a Geraldo Freire, na Rádio Jornal, na qual o músico expressa o desejo de ser enterrado na cidade em que nasceu. Segundo Mauro, ao sepultá-lo em Paulista, a irmã, Liv Moraes, e a ex-mulher do músico, Guadalupe, não respeitaram essa vontade.
Guadalupe, por sua vez, diz que, durante os sete anos de tratamento contra o câncer que vitimou Dominguinhos, não se dedicou a pensar sobre o local do enterro. "A nossa luta até o fim era a de que ele vivesse. Durante esse tempo, todos os gostos dele foram respeitados." Ela conta que após a morte do ex-marido, recebeu a assistência do Morada da Paz, que colocou um túmulo à disposição da família. "Dominguinhos é um patrimônio nacional. Mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer." Ela lamentou a repercussão do tema e considerou desnecessário que a questão esteja na justiça. "Isso assemelha-se a uma luta de medição de forças. Dominguinhos não estaria feliz com isso. Mas bom senso é algo que nem todos possuem."
Embora a transferência do corpo ainda não tenha sido confirmada, já são preparadas homenagens na cidade, como a mudança do nome da Esplanada Guadalajara para Esplanada Mestre Dominguinhos. O prefeito Izaías Régis encomendou ao artesão José Veríssimo uma estátua de Dominguinhos com dois metros de altura e 2,5 metros de pedestal para ser instalada na Esplanada. Próximo ao local, um casarão histórico construído em 1918, irá receber um acervo artístico representativo da carreira do músico.

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