Ex-presidente não quer declarar guerra com o PSB (Foto: Reprodução/Internet)












O ímpeto exibido por muitos petistas de se descolar do PSB, em resposta ao desembarque socialista do Governo Dilma, deverá encontrar resistência do ex-presidente Lula até o último momento. O cacique-mor do PT sabe que uma guerra declarada com agora “aliado informal” inviabilizará qualquer tipo de conversa no futuro.
Com a possibilidade de termos uma eleição com quatro candidatos fortes, Lula, mais do que ninguém, sabe que o pleito não se resolverá em turno único. Ainda mais porque Dilma não surfa numa aprovação popular esplendorosa.
As últimas declarações do ex-presidente tem sido marcadas pela preocupação com a ruptura formal. Jogar o PSB na oposição é pavimentar o caminho do “todos contra a Dilma” na próxima eleição.
Há a aposta de que o PSB pode até empreender uma candidatura crítica, porém sem a direção para a condução pessoal da presidente. O que, para alguns petistas, poderá contribuir para um reagrupamento futuro. Seria mais fácil convocar os socialistas para mudarem o atual modelo administrativo do que simplesmente enxovalhar as escolhas da sigla.
E Lula também observa que, apesar de todos os indicativos, a candidatura presidencial do governador Eduardo Campos ainda não é oficial. E, apesar de ser pequena a chance de reversão, o ex-presidente trabalhará para isso. Afinal, se alguém ainda pode reverter a situação, esse alguém é o cara.
Enquanto Lula puder segurar, o PT de Pernambuco vai continuar se contorcendo para achar um discurso de momento.