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sábado, 21 de setembro de 2013

PT X PSB ''PT adotará o princípio da reciprocidade com o PSB'', diz João Paulo

Ex-prefeito e deputado revela que há um cronograma para a entrega dos cargos, no Estado, mas que PT fica na base de Eduardo

Publicado em 21/09/2013, às 06h27

João Paulo afirma que episódio está unindo o PT / Ricardo Labastier\JC Imagem

João Paulo afirma que episódio está unindo o PT

Ricardo Labastier\JC Imagem

O nome do PT mais cotado a uma vaga na chapa majoritária estadual que abrirá palanque para a presidente Dilma Rousseff, em 2014, o deputado federal João Paulo revelou, nessa sexta-feira, em entrevista ao JC, que o partido vai adotar “o princípio da reciprocidade” em Pernambuco – extensivo ao Recife – e nos Estados governados pelo PSB, na relação com os governos socialistas. Ou seja, o PT vai dar aos socialistas o mesmo tratamento que receber deles: vai permanecer na base de apoio, votar nos projetos do interesse dos Estados, mas sentindo-se mais à vontade para tomar posições independentes.

O ex-prefeito do Recife indicou ser esta a sua posição, em resposta à entrega dos ministérios e saída do governo federal pelo PSB. Em Pernambuco, João Paulo adiantou que há, inclusive, um cronograma para a entrega dos cargos ao governador Eduardo Campos, o que deverá ser seguido na Prefeitura da capital. No entanto, afirmou que cabe ao presidente estadual, Pedro Eugênio, revelá-lo. “A bancada do PT está tranquila. A ideia é se relacionar com o PSB conforme o PSB se relacione com a gente. Não vai haver trabalho de oposição”, destacou.

O petista negou informações de bastidores que dão conta de que alguns militantes desejam ver o partido fazendo oposição aos socialistas. “Desconheço isso”, disse. Ao mesmo tempo, revelou, também, uma reação imediata interna, no Estado, ao descolamento do PSB do governo Dilma. A crise entre as duas siglas “está iniciando” um processo de reaproximação de tendências adversárias – radicalizadas desde a eleição do Recife de 2012 –, sob a orientação da Executiva nacional. Citou lideranças antagônicas que teriam aberto um canal de diálogo, focado na reeleição de Dilma: Humberto Costa, Pedro Eugênio, Teresa Leitão, Isaltino Nascimento e Fernando Ferro estariam afinados. “Há um diálogo”, disse.

João Paulo afirmou que o PT não está tendo pressa, embora defenda que a sigla tenha o mesmo gesto do PSB, e que nos grupos com os quais conversou não há resistência. “Hoje há uma unidade nacional orientando que se trate essa questão (entrega dos cargos) de forma cautelosa.”

Creditou a situação atual a movimentos dos dois lados, tanto por críticas de Eduardo a Dilma, quanto por “recados” de dirigentes que “muito incomodaram Eduardo”. Sobre a sucessão estadual, avaliou que cenário precisa ser melhor definido, mas que está vinculado ao nacional. Evitou dizer se o melhor ao PT ter candidatura própria ou apoiar outro nome, como o senador Armando Monteiro Neto (PTB), que ventila a aliança. “A este respeito, inclusive, o próprio Armando já declarou apoio à reeleição de Dilma”.

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