Ex-ministro Armando Monteiro Filho acusa governador Eduardo Campos de tratar forma diferenciada os correligionários do PSB
Publicado em 25/09/2013, às 06h09
Pai do senador Armando Monteiro Neto, o ex-ministro da Agricultura – no governo João Goulart (1961-1962) –, Armando Monteiro Filho, 88, declarou, ontem, durante a cerimônia de filiação de Romário Dias ao PTB, que o governador Eduardo Campos (PSB) “não tem demonstrado” um grande espírito aliancista na condução da Frente Popular de Pernambuco. Apesar de compor a aliança político-partidária com o PTB e outras legendas, o socialista foi acusado de tratar de forma diferenciada os correligionários (do PSB) e os aliados políticos.
O discurso de Armando Monteiro Filho, que é considerado o “timoneiro” dos petebistas, foi ouvido por todos com atenção e, posteriormente, bastante aplaudido. “Aqui nos unimos numa frente política com o objetivo de desenvolver Pernambuco. O governador Eduardo Campos se saiu bem no governo, embora não tenha demonstrada um grande espírito de aliança. Ele separa um pouco os seus correligionários dos seus aliados”, disse em tom de crítica.
Genro do ex-governador Agamenon Magalhães, o ex-ministro de Jango acrescentou, no pronunciamento, diferenciando a conduta do PTB, que governar é um ato coletivo. “Nós somos aliancistas. Queremos a aliança porque sozinhos não governamos”, completou Armando Filho. Em seu discurso, ainda fez votos em favor de uma possível chapa majoritária, formada pela candidatura de Armando Monteiro ao Palácio aliada à de João Paulo (PT) ao Senado em 2014.
Para o ex-ministro, a seção regional do PTB está imune à corrupção que gerou os recentes protestos contra a classe política em geral. “Este partido é um centro de decência e correção pessoal. Pernambuco tem essa tradição gloriosa”. Em relação a vida pública do seu filho, afirmou que o senador “é mais impertinente do que ele próprio e um político leal como o avô (Agamenon)”.
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