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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

RUMO A 2014 Armando questiona índices do Estado

Em ato de filiação, senador do PTB reconhece avanços do governo Eduardo, mas afirma que Pernambuco não é "o paraíso" e nem está entre os Estados desenvolvidos

Publicado em 25/09/2013, às 06h09


Ato de filiação de Romário Dias (de azul) reuniu João Paulo com lideranças do PTB / Alexandre Albuquerque/Divulgação

Ato de filiação de Romário Dias (de azul) reuniu João Paulo com lideranças do PTB

Alexandre Albuquerque/Divulgação

Um dia após ter sido aclamado por correligionários como candidato do partido ao governo do Estado, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) inaugurou, ontem, uma nova fase em sua busca para consolidar seu projeto majoritário. Ao lado do deputado federal, João Paulo (PT), o petebista colocou em xeque, pela primeira vez, o governo Eduardo Campos (PSB). Em discurso semelhante ao que o socialista tem praticado em âmbito nacional, Armando disse reconhecer os “avanços” da gestão socialista, mas enfatizou que Pernambuco está “longe” do status de “paraíso”.
“Há uma posição bastante perigosa. Aquela de que já ingressamos no paraíso, no patamar da prosperidade e do crescimento. Que já estamos no clube dos Estados mais desenvolvidos. Isso está longe de ser verdade. Pernambuco ainda ostenta indicadores que, se não são deprimentes, são constrangedores”, disparou em novo ato de filiação ao PTB, agora para o ex-conselheiro do Tribunal de Contas (TCE), Romário Dias.
Na ocasião, Armando lembrou dados desconfortáveis ao atual governo, do qual o PTB participa, ocupando a pasta do Trabalho. “Temos o 19º IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil. No Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), temos nos colocado muito aquém de outros Estados. Sem desconhecer este tempo de dinamismo e prosperidade, temos de lembrar que Pernambuco representa pouco mais de 2% do PIB nacional e 0,5% das exportações”, comparou.
Armando procurou equilibrar o discurso crítico com demonstrações de reconhecimento ao governador. Mencionou a “competência” e “capacidade de articulação” de Eduardo nas parcerias com o governo federal. Após o evento, alertou, porém, para os riscos de uma visão “triunfalista” sobre a situação do Estado. “Não podemos resvalar para uma posição triunfalista e ingenuamente otimista achando que já entramos no clube dos ricos”, pontuou.
Depois de repetir que é preciso reequilibrar as forças políticas no Estado, Armando ressaltou que a intenção do PTB não é construir um “projeto hegemônico” nem “absoluto”. “É um projeto que não pretende esmagar ninguém. A pretensão é construir algo independente, autônomo”, definiu.
O Palácio respondeu as críticas por meio do líder do governo na Assembleia, Waldemar Borges (PSB), que destacou “a capacidade desenvolvida por Pernambuco para superar problemas crônicos”, o que Estados mais ricos não teriam alcançado. “Não há indicador socioeconômico que não tenha melhorado nesses sete anos no Estado, até o de interiorização do desenvolvimento. Isso é resultado de trabalho árduo, articulação política e compromisso com os que mais precisam”.

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