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domingo, 22 de setembro de 2013

RUMO A 2014 Uma guerra velada entre o PTB e o PSB nos próximos 13 dias

De olho em engorda as fileiras dos partidos, as duas legendas - aliadas no Estado - monitoram a filiação de lideranças no Sertão do Moxotó e no Agreste Meridional

Publicado em 22/09/2013, às 06h23


PTB está promovendo uma série de filiações de olho na candidatura do senador Armando Monteiro ao governo do Estado / Bobby Fabisak/JC Imagem

PTB está promovendo uma série de filiações de olho na candidatura do senador Armando Monteiro ao governo do Estado

Bobby Fabisak/JC Imagem

Os próximos 13 dias que antecedem o fim do prazo de mudança partidária para quem deseja disputar as eleições de 2014 irão se configurar num capítulo a mais na “briga” cada vez menos velada entre PSB e PTB. Com o indicativo de que concorrerão em palanques separados em nível estadual, os dois partidos correm para engrossar os times que formarão suas chapas proporcionais e que, consequentemente, serão multiplicadores das campanhas dos candidatos majoritários.
A disputa entre as duas legendas é territorial. Um exemplo dessa guerra é a preocupação do PSB em conquistar áreas onde a influência petebista representa um risco à confortável hegemonia socialista no Estado.
Não foi à toa que os soldados do governador Eduardo Campos (PSB) dedicaram atenção especial ao Agreste Meridional e Sertão do Moxotó. Nessas duas regiões do Estado, o PSB buscou atrair peças do setor empresarial na tentativa de se contrapor aos “trunfos” guardados pelo PTB do senador Armando Monteiro Neto.
No primeiro caso, o PTB tem como liderança regional o prefeito de Garanhuns, Izaías Régis (PTB). Na última eleição municipal, o PSB ensaiou lançar a candidatura do ex-prefeito de Lajedo Antônio João Dourado (PSB), no município, mas terminou recuando para não antecipar o conflito eleitoral com os petebistas. Agora, a aposta do governador para driblar a influência do senador Armando Monteiro na zona meridional é o empresário Marcos Notaro, do grupo Natto, ligado ao setor da avicultura. A intenção é de que ele concorra a uma das vagas na Câmara Federal, em 2014.
No Sertão do Moxotó, o trunfo do PTB é o ex-prefeito de Arcoverde Zeca Cavalcanti (PTB), que também deve ser lançado como candidato a deputado federal. Um sinal de sua força política no município e arredores foi o fato de ter conseguido eleger sua sucessora, Madalena Brito (PTB), à prefeitura da cidade, em 2012. Para contrabalancear o peso do petebista, a estratégia do PSB é lançar a candidatura de Otávio Barros, outro empresário da região que será testado na disputa política em 2014. Ele atua no setor agropecuário e é dono do Rancho Alegre, localizado em Pesqueira, município vizinho a Arcoverde.
A briga entre as duas legendas tem atrapalhado as articulações de outros partidos. Diante da polarização, aliados estão encontrado dificuldades para angariar filiados em “território neutro”. “Uma guerra de tal proporção reduz o poder de fogo dos aliados. Na medida em que eles (PSB e PTB) ficam muito fortes, os pequenos dependerão mais ainda de coligação. A estratégia deles é uma e a dos demais partidos é mais modesta”, reclama um aliado, em reserva.
Outro incômodo na base aliada é a quantidade de aspirantes ao cargo de deputado federal dentro do PSB. Muitos esperançosos de herdarem os votos da ex-deputada Ana Arraes, ministra do TCU e mãe do governador Eduardo Campos. Na lista, figuram os secretários Milton Coelho, Antônio Carlos Figueira, Tadeu Alencar, Felipe Carreras e Sileno Guedes. A informação, no entanto, é de que Eduardo deverá escolher apenas um deles para ocupa a vaga deixada pela deputada. Seu desejo é manter a base coesa. Por isso, quer deixar “sobras” para outros partidos e ajudar aliados em situação mais delicada, como é o caso de do ex-deputado Edgar Moury Fernandes, recém-filiado ao PSB, e do deputado federal Cadoca, ainda sem partido.

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