AFP - Agence France-Presse
Publicação: 03/11/2014 21:38
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A representante dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power. Foto: AFP JOHN THYS |
Segundo Power, um dos maiores avanços está na forma como os corpos das vítimas estão sendo enterrados. A funcionária americana voltou recentemente de uma viagem por Guiné, Serra Leoa e Libéria. Estes países africanos são os mais afetados por essa epidemia que já matou cerca de 4.900 pessoas.
"Na Libéria, graças à presença dos CDCs (Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) e do Exército dos Estados Unidos, vimos um aumento de enterros seguros, parte-chave da solução ali, na capital Monróvia", disse Samantha, em entrevista à rede americana CBS.
"Em Serra Leoa, a quantidade de enterros seguros em 24 horas foi perto de 100%", destacou, citando os esforços das equipes de ajuda britânicas trabalhando no país.
Os CDCs, completou Power, estimam que, "entre metade e 70% das infecções podem derivar de um enterro pouco seguro".
Power contou uma conversa com o chefe de uma operação da ONU para o Ebola, que percorreu, recentemente, zonas rurais na região. "Ele me disse que, onde há uma unidade, um laboratório, ou mobilização social para o tratamento de Ebola, o ritmo de infecção cai", mas que "onde não estamos, isso não acontece", relatou.
Militares americanos enviados para esses países africanos instalaram laboratórios móveis para detectar o vírus, construíram um hospital com 25 leitos para funcionários de Saúde e estão habilitando unidades de tratamento para o Ebola. Mais 3.200 soldados devem chegar nas próximas semanas.
A Inglaterra lidera a missão internacional para conter o Ebola em Serra Leoa, devido a seus vínculos históricos. Pelo menos 750 soldados britânicos foram enviados ao país.
Na semana passada, a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que os dados obtidos de várias fontes, entre elas funerárias e centros de tratamento, detectam um recuo no número de infecções. A ONG Médicos sem Fronteiras alerta, porém, que esses números ainda não são totalmente confiáveis.
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