AFP - Agence France-Presse
Publicação: 15/11/2014 13:31
Os governantes dos países mais ricos do planeta, reunidos para o encontro de cúpula do G20 na Austrália, se comprometeram neste sábado a fazer o possível para erradicar a epidemia de Ebola, uma declaração considerada insuficiente pelas ONGs. "Os membros do G20 se comprometem a fazer o que for necessário para que os esforços internacionais resultem na erradicação da epidemia, e enfrentar o custo econômico e humanitária a médio prazo", afirma um comunicado publicado no primeiro dia do encontro, que termina domingo.
"Vamos trabalhar por meio de cooperações bilaterais, regionais e multilaterais, assim como em colaboração com as organizações não governamentais", completa o comunicado, que não especifica valores financeiros. Os chefes de Estado e de Governo também apelaram ao Banco Mundial (BM) e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que "continuem com o sólido apoio aos países afetados", para que sejam estimulados a "explorar novos mecanismos flexíveis para enfrentar no futuro as repercussões econômicas de crises similares".
O BM aproveitou a reunião do G20 para defender seu projeto de criação de "fundos de emergência" para combater de maneira mais eficiente as próximas pandemias e "evitar a repetição da reação lenta, tardia e muito fragmentada ao vírus Ebola". O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu aos países do G20 que "intensifiquem a resposta internacional" para impedir a propagação do vírus.
Togo, que coordena a luta contra o Ebola na África Ocidental, fez um apelo à comunidade internacional para que "não abandone os esforços" para conter a epidemia. "A solidariedade internacional não é apenas uma questão de caridade: o Ebola terá um impacto nas economias nacionais e também a nível mundial", afirmou a ministra togolesa da Ação Social, Dédé Ahoéfa Ekoué.
O Banco Mundial considera que a propagação da atual epidemia pode custar mais de 32 bilhões de dólares à África Ocidental até o fim de 2015.
'Nada concreto'
A reação das ONGs ao anúncio do G20 oscilou entre o ceticismo e a decepção. A Oxfam destacou que existe "um verdadeiro risco de que a boa vontade do G20 e sua preocupação não se traduzam em nada concreto para aqueles cuja vida corre perigo em Serra Leona, Libéria e Guiné", os três países mais afetados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um balanço na sexta-feira que registra 5.177 mortes em 14.413 casos de contágio de Ebola em oito países desde dezembro de 2013. A organização ONE afirmou que o compromisso do G20 "não é suficiente, dada a magnitude da crise".
"Onde estão as ações concretas com as quais cada Estado do G20 se compromete para controlar a epidemia e ajudar os países afetados?", questionou Friederike Röder, diretora da ONG na França. Apesar da Libéria ter saído do estado de emergência, uma consequência da desaceleração do ritmo de contágios, e da República Democrática do Congo ter anunciado neste sábado que está livre da doença - uma epidemia afetou uma área do sul do país e deixou 49 mortos no fim de agosto -, a OMS advertiu que não é possível relaxar no combate à doença.
A morte de três pessoas em quatro casos registrados no Mali nos últimos dias provoca o temor de propagação da doença neste país da África Ocidental, uma hipótese considerada preocupante.
"Vamos trabalhar por meio de cooperações bilaterais, regionais e multilaterais, assim como em colaboração com as organizações não governamentais", completa o comunicado, que não especifica valores financeiros. Os chefes de Estado e de Governo também apelaram ao Banco Mundial (BM) e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que "continuem com o sólido apoio aos países afetados", para que sejam estimulados a "explorar novos mecanismos flexíveis para enfrentar no futuro as repercussões econômicas de crises similares".
O BM aproveitou a reunião do G20 para defender seu projeto de criação de "fundos de emergência" para combater de maneira mais eficiente as próximas pandemias e "evitar a repetição da reação lenta, tardia e muito fragmentada ao vírus Ebola". O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu aos países do G20 que "intensifiquem a resposta internacional" para impedir a propagação do vírus.
Togo, que coordena a luta contra o Ebola na África Ocidental, fez um apelo à comunidade internacional para que "não abandone os esforços" para conter a epidemia. "A solidariedade internacional não é apenas uma questão de caridade: o Ebola terá um impacto nas economias nacionais e também a nível mundial", afirmou a ministra togolesa da Ação Social, Dédé Ahoéfa Ekoué.
O Banco Mundial considera que a propagação da atual epidemia pode custar mais de 32 bilhões de dólares à África Ocidental até o fim de 2015.
'Nada concreto'
A reação das ONGs ao anúncio do G20 oscilou entre o ceticismo e a decepção. A Oxfam destacou que existe "um verdadeiro risco de que a boa vontade do G20 e sua preocupação não se traduzam em nada concreto para aqueles cuja vida corre perigo em Serra Leona, Libéria e Guiné", os três países mais afetados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um balanço na sexta-feira que registra 5.177 mortes em 14.413 casos de contágio de Ebola em oito países desde dezembro de 2013. A organização ONE afirmou que o compromisso do G20 "não é suficiente, dada a magnitude da crise".
"Onde estão as ações concretas com as quais cada Estado do G20 se compromete para controlar a epidemia e ajudar os países afetados?", questionou Friederike Röder, diretora da ONG na França. Apesar da Libéria ter saído do estado de emergência, uma consequência da desaceleração do ritmo de contágios, e da República Democrática do Congo ter anunciado neste sábado que está livre da doença - uma epidemia afetou uma área do sul do país e deixou 49 mortos no fim de agosto -, a OMS advertiu que não é possível relaxar no combate à doença.
A morte de três pessoas em quatro casos registrados no Mali nos últimos dias provoca o temor de propagação da doença neste país da África Ocidental, uma hipótese considerada preocupante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário