O uso do avião Cessna Citation prefixo PR-AFA, que caiu no dia 13 de agosto matando o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e outras seis pessoas, não aparece nas últimas prestações de contas finais das campanhas do pernambucano; da ex-senadora Marina Silva, que o substituiu na disputa; do Comitê Financeiro Nacional do PSB ou da Direção Nacional do partido.
Nenhum dos documentos cita a empresa AF Andrade, que tem o registro do jatinho junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac); os empresários pernambucanos Apolo Santana Vieira e João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, a quem a AF Andrade diz ter vendido a aeronave; ou a empresa Bandeirantes Companhia de Pneus, que pertence aos dois.
No final de agosto, em meio aos questionamentos sobre a propriedade do avião e como ele havia sido cedido para a campanha de Eduardo Campos, o PSB divulgou uma nota em que dizia que a aeronave havia sido emprestada e que ela seria contabilizada e declarada na prestação final de contas.
O uso do avião e o seu processo de venda é investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). Um dos questionamentos é o de que a AF não poderia ter vendido a aeronave por estar em situação de recuperação judicial.
Ao jornal Folha de S. Paulo, Bazileu Margarido, responsável pelas contas de campanha de Marina Silva disse que o jatinho não aparecerá na prestação de contas da ex-senadora e que os advogados responsáveis pelas contas de Eduardo Campos não conseguiram levantar junto à Anac o tempo de voo com o avião.
O prazo para envio da prestação final de contas para candidatos que só disputaram o primeiro turno foi encerrado nessa terça-feira (4); mas o PSB ainda pode apresentar uma retificação incluindo informações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário