Grupo, em greve desde o dia 6, reivindica pagamentos de benefícios e salários
Publicado em 20/11/2014, às 07h25
Do JC Online
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima realizam, na manhã desta quinta-feira (20), um protesto na PE-60, nas imediações da entrada da Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, município da Região Metropolitana do Recife. Cerca de 70 trabalhadores da empresa Alusa Engenharia, de montagem industrial, participam da manifestação em protesto contra atraso de salários, benefícios e direitos trabalhistas.
Os dois sentidos da via estão bloqueados com pneus e galhos queimados. Uma fila de ônibus dos trabalhadores está parada ao longo da via, deixando o tráfego com retenções. Segundo informações do Batalhão da Polícia Rodoviária (BPRv), a alternativa é pegar a PE-42 que vai pra Ipojuca e a PE-76, que vai para Rio Formoso, ou utilizar a Rota do Atlântico, seguindo pela BR-101 e entrando na PE-28. Segundo o 18º Batalhão da Polícia Militar, que está no local, sete pessoas que participam da mobilização foram detidas e levadas para a Delegacia de Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco.
Nessa quarta-feira (19), os trabalhadores da refinaria realizaram um protesto que saiu do Ministério do Trabalho e Emprego, no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife, até o Palácio do Campo das Princesas, na área central da cidade, onde participaram de uma reunião com o Secretário de Planejamento e Gestão do Governo, Ivan Rodrigues. O trânsito também ficou complicado durante toda a manhã.
SALÁRIOS ATRASADOS - O Sintepav-PE deu entrada em uma ação judicial, no Ministério Público do Trabalho, contra a Alumini Engenharia, novo nome da Alusa, que deve salários e outros benefícios aos trabalhadores de Suape. Durante audiência realizada na manhã do dia 12, na Procuradoria Regional do Trabalho da 6ª Região, foi colocado em ata o pedido de rescisão indireta para todos os seis mil trabalhadores que ainda estão ligados à Empresa Brasileira de Engenharia – Alusa e à Construtora Barbosa Mello – Alusa.
Rescisão indireta é quando o trabalhador é afastado da empresa e o empregador tem que pagar todas as verbas rescisórias, da mesma forma como se o tivesse demitido sem motivo, inclusive a indenização de 40% sobre o FGTS. Isso porque a rescisão teve origem em uma quebra de contrato por parte do empregador.
Na noite dessa quarta-feira (19), após manifestação realizada no Centro do Recife, a juíza do Trabalho Josimar Mendes da Silva Oliveira, da 1ª Vara do Trabalho de Ipojuca, determinou prazo de 48 horas para que a Petrobras repasse às empresas o valor dos salários dos terceirizados, sob pena de bloqueio das contas bancárias das empresas.
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