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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

As leis engavetadas de Geraldo Julio

JC nas Ruas


Publicado em 12/12/2014, Às 11:25

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Com a ideia de cadastrar os flanelinhas, primeiramente os do Bairro do Recife, a gestão do prefeito Geraldo Julio abre uma nova frente de trabalho sem ter conseguido concluir, até agora, outras duas iniciativas sugeridas por ela em forma de projeto de lei: o cadastro das motos 50 cilindradas e o fim das carroças por meio da capacitação profissional dos carroceiros.

O anúncio das medidas gerou uma “agenda positiva” à época para a administração. Ao contrário dos flanelinhas, os dois temas parecem estar mais distantes da polêmica, despertando maior simpatia da população. Mesmo assim, as medidas práticas e concretas ainda estão na gaveta.

Apesar do prefeito Geraldo Julio ter sancionado as leis que ele mesmo sugeriu, cinquentinhas e carroças circulam a qualquer hora do dia pela cidade, gerando acidentes e perpetuando os maus-tratos aos animais e a miséria dos carroceiros.

Nos dois casos, fiscalizar os condutores das motos 50 cilindradas, ícones da transgressão no trânsito, e garantir o fim da circulação das carroças, as ações caberiam à CTTU, vinculada à Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano, comandada por João Braga.

O cadastro das cinquentinhas para permitir que o município exija carteira de habilitação e equipamentos de proteção dos condutores ocupa a dianteira na lista de prioridades, em relação aos flanelinhas. O custo social das vítimas de acidentes de moto é altíssimo. Elas ocupam o leito do hospital por bem mais tempo do que os demais pacientes, necessitam do cuidado de médicos de várias especialidades e parcela delas volta para casa mutilada ou amputada.

Já os carroceiros estão tão na base da pirâmide social e à margem de políticas públicas quanto os flanelinhas. Mas quando a PCR patrocinou a lei para por fim às carroças, embalada pela defesa da causa animal, pensou no burro que a puxa, e não no homem que a utiliza. Foi por cima, pelo caminho mais curto e rápido, em vez de ter articulado socialmente por baixo. Resultado: a lei empacou.

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