Alimentos fritos, uso de botijões de gás e som alto estão entre os problemas observados
13/01/2015 06:30 - Da Folha de Pernambuco
Clemilson Campos/Folha de Pernambuco
Comidas são manipuladas e fritas pelos comerciantes na praia, apesar da proibição e fiscalização da prefeitura
A comerciante Elaine Cristina, 35 anos, está entre os vendedores que trabalham diariamente na orla de Olinda. Ela oferece aos banhistas frutos do mar na praia e assume ter consciência de que não é permitida a venda de alimentos fritos. Ela justifica, no entanto, que essa foi a alternativa encontrada por ela para conseguir o sustento da família. Moro longe daqui. Não dá para ir em casa, fritar o peixe e trazer para cá. Cozinhar aqui na praia facilita o trabalho da gente e garante meu dinheiro, que sustenta minha família”, disse.
Leo Motta/Folha de Pernambuco
Som alto é uma das irregularidades encontradas na orla mesmo durante a semana
Com o som ligado na sua barraca, José Paulo, 34 anos, mais conhecido como Zé da Praia, explica que os próprios clientes pedem que ele ligue o equipamento e até que aumente o volume. Ele acrescentou que nunca recebeu qualquer reclamação. “Se não tiver som, não tem movimento. Tenho fregueses aqui que pedem para aumentar o volume. Não atrapalha ninguém. Nunca ouvi reclamação”, garantiu o ambulante.
Leo Motta/Folha de Pernambuco
No último domingo, foram apreendidos quatros aparelhos sonoros por fiscais do executivo municipal. Desde maio de 2013, o órgão prepara intervenções de reordenamento urbano na beira-mar da cidade, com o objetivo de coibir os abusos e desrespeitos às normas municipais. As ações estão dentro do Projeto Orla, que contará com R$ 23 milhões em investimentos, também estão previstas ações de revitalização e urbanização do espaço.
Clemilson Campos/Folha de Pernambuco
O secretário salientou que a prefeitura acolheu sugestões dos vendedores e reforçou as obrigações que eles terão que cumprir com o início das operações. “Com essa iniciativa, buscamos, inicialmente, debater com os ambulantes coletivamente e individualmente para que a prática ilegal acabasse. Como o problema não foi resolvido e eles não contribuíram com o poder público, teremos que solucionar aplicando ações de busca e apreensão”, declarou o secretário.
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