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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

SEGURANÇA PÚBLICA Empreendedores cobram projeto de ocupação para o Recife Antigo

Falta de morador, prédios vazios, ruas desertas à noite e comércio informal desordenado são as 


mazelas do bairro, segundo comerciantes e empresários

Publicado em 13/01/2015, às 08h09

Da Editoria Cidades

Fernando Neves, proprietário da Arte Plural, na Rua da Moeda, não abre mais a galeria aos domingos.




Fernando Neves, proprietário da Arte Plural, na Rua da Moeda, não abre 


mais a galeria aos domingos. "Não há condições", argumenta



Sérgio Bernardo/ JC Imagem

Comerciantes e empresários do Recife Antigo mostram-se preocupados não só com a falta de segurança, mas com a ocupação do lugar como um todo. “Qualquer urbanista sabe que um bairro só funciona com gente morando nele e aqui praticamente não há morador”, observa Fernando Neves, proprietário da Arte Plural Galeria, na Rua da Moeda.


Ele chama a atenção para esvaziamento do bairro à noite, de segunda a sexta-feira, o comércio informal desordenado e os sem-teto dormindo nas calçadas. “São questões que precisam ser resolvidas com ações de governo”, destaca. “Falta definir uma política de ocupação. O que se quer para cá? Cultura, eventos, festas populares, moradia, classe média? É preciso ter uma linha de atuação.”

Instalada há dez anos no bairro, a Arte Plural deixou de abrir aos domingos. “O clima não é propício a uma galeria”, diz ele. “Quinze dias atrás, apesar do policiamento, teve chuva de garrafa na Rua da Moeda, quebraram quatro cadeiras do meu restaurante (Just Koni)”, diz Luiz Vidal. “Fechei a porta três vezes, o público do domingo é horrível.”


Para o presidente da Associação de Bares e Restaurantes da Rua da Moeda, Pepe Valença, eventos de qualidade trazem para o bairro um público diferenciado. “A segurança é afetada pelo tipo de atração que se oferece. Nós, da Rua da Moeda, gostaríamos de receber blocos líricos e festival de jazz e blues”, indica.


Segundo ele, por orientação da PM, os estabelecimentos da Moeda encerram as atividades às 22h, aos domingos. “Temos prejuízo financeiro. Mas em termos de segurança, é o melhor para todos”, pondera Pepe.
Proprietário do Teatro Mamulengo, na Praça do Arsenal, Carlos Moura disse que os tumultos ocorridos domingo (11) não chegaram à sua porta. “Não havia policiamento na praça, mas a casa funcionou sem problema, das 16h à 0h”, informa.

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