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sábado, 12 de novembro de 2016

A EDUCAÇÃO, O SUPREMO E O FIO DA NAVALHA

A EDUCAÇÃO, O SUPREMO E O FIO DA NAVALHA
   Por Renato Uchôa (Educador) 

      


Remar contra a maré. O dilema e o medo de cada um de nós. Em vários momentos da nossa existência. Temos que nos decidir: acompanhar a boiada que trota no momento do click, à procura dos canais, por que a mídia impõe; ou irmos contra a corrente que escraviza os trabalhadores do campo e da cidade.
 Há séculos, remar contra a corrente que nos açoita nos currais da sobrevivência, cercados de arame farpado. Na apropriação das nossas mentes e corpos. Remar contra qualquer forma de negação de uma educação de qualidade social, no resgate da cultura popular banida dos murros altos das Academias do Saber.

 Navegar no rompimento do conteúdo de classe da educação brasileira, das camadas dominantes que agora querem implantar a Lei da Mordaça. Desvelando o caráter autoritário na imposição do seu modo de vida como universal. Contra qualquer forma de discriminação e exclusão.

 O conta-gotas pingando. A população brasileira começa a ser informada do que aconteceu nas entranhas mais escuras do Supremo: AP 470, e também da Lava Jato, julgamento do mensalão. Atônita e anestesiada, não nos prontos-socorros e hospitais públicos degradantes e desumanos. Péssimas condições físicas e do próprio tratamento médico, que descarrega nos pacientes, amontoados como bichos nos corredores da morte. As aviltantes condições de trabalho, não obstante os altos salários. Se comparados com os trabalhadores em geral.

 Correndo como um zumbi, não o de Palmares, um dos verdadeiros heróis do povo brasileiro, quer sangue nas avenidas e ruas. O expelido pela grande imprensa, contraditoriamente, se beneficiou do suposto crime que apregoa; das campanhas patrocinadas com o dinheiro da Visanet. Campanhas legais, realizadas e comprovadas.
O processo de democratização do Brasil e o fortalecimento das instituições da sociedade civil, avançaram paulatinamente no governo Lula/Dilma. Os movimentos sociais do campo e da cidade precisam se articular agora para derrotar o usurpador Temer.

A partidarização é secundária diante da defesa das condições de vida e trabalho, sobretudo contra qualquer tentativa de fascização de amplas camadas da população. Processo em curso pela volta do regime autoritário. E, no Supremo Tribunal Federal, para além dos crimes de caixa dois, o real, a vampirização do debate em todo o período de julgamento do mensalão nos remete, mais ainda, no atual estágio, aos tempos dos Tribunais da Santa Inquisição.

O devido processo legal foi jogado no aterro sanitário. Ao acusado, apenas o direito de confessar o crime sob tortura psicológica. Joaquim Barbosa o precursor do golpe foi ausente na luta pelo fim da ditadura militar. Inexistem registros de uma palavra contra. Joaquim foi deselegante no trato com as autoridades. É truculento, vingativo, como o juiz Moro, produto da educação autoritária das elites.

 Introjetou a navalha que corta qualquer forma de recorrência preconizada na Constituição: Embargos de Declaração, outros encaminhamentos de defesa, direito de divergir. Rebate violentamente qualquer argumento que provaria os erros induzidos por ele e associados. Pelos vícios cometidos deliberadamente, repudiado por todos os Tribunais Internacionais.

É fato, Joaquim Barbosa ,que agora é contra o golpe de Temer, escondeu provas: quatro Auditorias, Laudos e Relatórios da Policia Federal, que inocentariam vários acusados. Desprovido de cultura jurídica, afirmam juristas renomados, açoitou como um Capitão do Mato parte do Supremo que não deveria permanecer, vez que assistiram passivamente o arremesso da Constituição na lata de lixo. Muito mais agora acuados, praticam, contribuem decisivamente com o governo golpista. Indicado por Lula, em um papo de botequim, pede hoje o troco da conta. A conta não bate. Joaquim quis o bar, o bazar, o país inteiro. A mídia não deu, pelo contrário, é um mendigo jurídico a procura de um microfone, igual a Moro futuramente.

 O juiz Moro da República Corrupta do Paraná se aproveita de um Supremo que é a cara da subserviência que Joaquim deixou como herança, acovardado, em sendo branco de alma fascista e defensor de tucanos, assume o posto e destrói com a Lava Jato a economia do país e se torna uma das muletas do roubo do mandato da presidenta Dilma. Na instalação do Estado de Terror governado pelas Gangues do Metrô e da Merenda Escolar...Nem que passe por cima de todos e de tudo quer entregar a cabeça de Lula para a elite brasileira. Vai sonhando mané.

 Resistir é preciso. 

  


Leia mais: http://www.renatuchoa.com/products/a-educacao-o-supremo-e-o-fio-da-navalha/

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