Um grupo, formado por 15 vereadores governistas, vai procurar um representante do Palácio do Campo das Princesas para discutir situação
Publicado em 23/08/2013, às 06h15
Atuações dos secretários Sileno Guedes (Governo-foto) e Fred Oliveira (Articulação) são questionadas pelos parlamentares
Bobby Fabisak/JC Imagem
Insatisfeitos com a dificuldade de diálogo que se estabeleceu com a Prefeitura do Recife (PCR) desde que o prefeito Geraldo Julio (PSB) tomou posse, um grupo de 15 vereadores está articulando uma reunião com o governador Eduardo Campos (PSB) – mentor político do gestor municipal – para apresentar um rosário de queixas. Eles estão decididos buscar solução no gabinete do líder socialista. A intenção é procurar um representante do Palácio do Campo das Princesas na próxima semana.
O grupo é formado pelo presidente da Câmara do Recife, Vicente André Gomes (PSB), o primeiro secretário da Casa, Augusto Carreras (PV) além de Amaro Cipriano (PSB); Estéfano Menudo (PSB); Eurico Freire (PV); Felipe Francismar (PSB); Jairo Brito (PT); Osmar Ricardo (PT); Eduardo Chera (PTN); André Ferreira (PMDB); Isabella de Roldão; Alfredo Santana (PRB); Marcos de Bria (PTdoB); Antônio Luiz Neto (PTB) e Eduardo Marques (PTB).
O principal problema enfrentado hoje pelos vereadores é a dificuldade em conseguir que seus pleitos – calçamento de ruas, fechamento de buracos e melhorias nas escolas e postos de saúde – sejam atendidos pela prefeitura. Geraldo Julio disponibilizou dois secretários municipais para fazer a ponte com a base: Sileno Guedes, de Governo e Participação Social, e Fred Oliveira, titular da pasta de Articulação Política. Ambos são ex-vereadores.
Entretanto, segundo informações de bastidor, um secretário termina por desfazer os acordos estabelecidos pelo outro. Os vereadores procuram Fred Oliveira e, caso não conseguem que sua solicitação seja acolhida, partem para uma reunião com Sileno Guedes. “Ninguém sabe quem é que resolve os problemas políticos”, disparou um vereador aliado, em reserva.
Em uma reunião recente, o presidente Vicente André Gomes chegou a chorar diante da pressão que vem recebendo dos pares e dos secretários do Palácio do Capibaribe. De um lado estão os colegas que reclamam das dificuldades em conseguir atender suas bases, de outro está a prefeitura que pressiona o Legislativo para que haja como o Executivo avalia que seja ideal.
“Geraldo Julio está cometendo os mesmo erros que João da Costa cometeu no diálogo com a Câmara. A diferença é que Vicente coloca tudo para votar. A pauta do Executivo está limpa na Casa, sem nenhuma pendência. Aí, surge a pressão”, esclarece um outro governista.
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