Presença do senador no ministério também %u201Camarra%u201D partido ao PT em
Pernambuco para disputa de 2016
Pernambuco para disputa de 2016
Josué Nogueira - Diário de Pernambuco
Publicação: 07/12/2014 10:00
Foto: Geraldo Magela/Agencia Senado |
Nos bastidores de Brasília, especulou-se que, ao convidar Armando, a petista estaria, entre outros objetivos, agindo para garantir o PTB na bancada governista e, assim, facilitar a aprovação de projetos de interesse do Planalto e travar investidas da oposição. De fato, na campanha presidencial, a direção do PTB – cujo presidente é o ex-deputado Roberto Jefferson – decidiu se aliar ao candidato do PSDB, Aécio Neves, rachando a legenda. Porém, a ascensão de Armando, um dos mais atuantes da ala minoritária, reduziu o fôlego da direção nacional. Tanto que os 25 deputados e os três senadores do partido estiveram com ele, reconhecendo sua liderança e se comprometendo a reforçar o exército dilmista.
“Armando recebeu a solidariedade e o apoio de toda a bancada”, sublinha o deputado federal eleito Ricardo Teobaldo (PE). Ele esteve na reunião em que a presidente decidiu, ao lado de Armando, na segunda-feira, como seriam os detalhes do anúncio que oficializaria o nome do senador para a pasta de Desenvolvimento. “A bancada federal votou e fez campanha para a reeleição de Dilma. Apenas um, de Minas Gerais, votou em Aécio por conta da questão local”, diz. “O comando do partido decidiu apoiar Aécio, cedeu o tempo de TV, mas os deputados estavam em outro palanque”, completou.
Além de assegurar os petebistas na base de apoio ao governo, a presença de Armando no ministério amarra o partido ao PT em Pernambuco. Durante a campanha estadual, observou-se que o senador, que concorreu ao governo apoiado pelos petistas, aproximou-se do deputado Daniel Coelho, virtual candidato do PSDB à Prefeitura do Recife. Na época, os dois trocaram elogios e comentou-se que o tucano teria votado em Armando. Especulou-se ainda que o líder petebista se desvencilharia do PT após a disputa de 2014, o que seria um indicativo de possível aliança com Daniel em 2016. O tucano concorreu ao Executivo da capital em 2012 e terminou em segundo lugar, à frente do senador Humberto Costa, do PT.
No PTB, a afinidade de Armando com Daniel e a eleição de 2016 estão, naturalmente, fora de pauta. “Esse assunto não tem sido objeto de avaliação. Temos 2015 todo para reforçar a estrutura do partido, aumentar as filiações, mobilizar as lideranças”, informou o deputado estadual José Humberto Cavalcanti, secretário-geral do partido. O comando da legenda prefere enfatizar a mobilização do partido em torno da nova missão de Armando. Destacam que a capacidade técnica e o poder de interlocução do senador com o empresariado serão de grande valia para o segundo governo Dilma.
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