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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

POSSE Discrição na despedida de João Lyra

O último dia de Lyra como governador teve início às 12h, quando chegou ao Palácio do Campo 

das Princesas acompanhado dos familiares

Publicado em 02/01/2015, às 08h00

Por volta das 16h46 de ontem, o ex-governador João Lyra Neto (PSB), que ocupou o cargo por nove meses, despontou na escadaria principal do Palácio do Campo das Princesas. De dentro do saguão principal, aplausos ecoaram entre os convidados. De fora, o público diminuto que compareceu à cerimônia de transmissão do cargo acompanhava disperso e alheio. Uma hora depois o aliado de primeira hora do ex-governador Eduardo Campos, na campanha de 2006, deixava a casa oficial do governador do Estado, acompanhado da esposa, a ex-primeira dama Leila Queiroz. A despedida foi discreta e protocolar. 

O último dia de Lyra como governador teve início às 12h, quando chegou ao Palácio do Campo das Princesas acompanhado dos familiares. Por volta das 14h, realizou seu último ato. No gabinete, outorgou a três autoridades a Medalha do Ordem do Mérito Guararapes, a mais alta comenda concedida pelo Estado. 

Compartilhou com familiares e alguns secretário a última refeição, na condição de governador, realizada na casa oficial. Depois, por volta das 15h30 (quando o governador Paulo Camara era empossado na Assembleia Legislativa), acompanhou o momento em que o seu retrato foi depositado na galeria de ex-governadores. 

Aguardou pouco tempo no gabinete a chegada de Paulo Câmara, que cruzou o portão do Palácio por volta das 16h09. Lá, conversaram reservadamente. O encontro, no entanto, foi rápido. Já à porta do veículo que o levaria para casa, João Lyra declarou que o maior desafio que se impõe ao governo de Paulo Câmara é “honrar o legado deixado por Eduardo Campos”. Ao lado do governador Paulo Câmara, que o conduziu até o carro, João Lyra foi questionado se iria dar alguma contribuição à nova gestão. “Na conversa que tive, na despedida, coloquei-me à disposição”, respondeu. 

O ex-governador, que até abril de 2014 ocupou o cargo de vice durante a gestão de Eduardo Campos, preferiu cumprir os protocolos de transmissão de forma discreta. Não fez discurso. 
A postura de extrema discrição acompanhou todos os meses da sua rápida gestão. Durante a campanha, participou de poucas agendas. Deixa o mais alto cargo com o sentimento de dever cumprido em relação ao ciclo de oito anos, mas com pouca relação estabelecida com o novo mandatário. Hoje, viaja ao Rio de Janeiro, onde passa 10 dias ao lado da esposa. Depois, segue para Europa com filhas e netos. 

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