(AG) – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, mandou nesta terça-feira um repórter do jornal “O Estado de S.Paulo” ir “chafurdar no lixo”. Logo depois, por meio de nota, a assessoria do Supremo divulgou um pedido de desculpa de Barbosa pela “forma ríspida” com que respondeu ao profissional.
O diálogo ocorreu na saída da reunião do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Logo na primeira pergunta o repórter Felipe Recondo foi interpelado e agredido verbalmente pelo ministro:
— Presidente, como o senhor está vendo…?
— Não estou vendo nada! Me deixa em paz, rapaz. Me deixa em paz. Vá chafurdar no lixo como você faz sempre.
— Que é isso ministro, o que houve?
— Estou pedindo, me deixe em paz. Já disse várias vezes ao senhor.
— Eu tenho que fazer pergunta que é meu trabalho…
— Eu não tenho nada a lhe dizer, não quero nem saber do que o senhor está tratando.
E quando se dirigia ao elevador, olhou para o repórter e disparou:
— Palhaço! — disse o presidente do STF.
— Palhaço! — disse o presidente do STF.
No pedido de desculpas em nome do presidente do STF, a assessoria alega que Joaquim Barbosa está “tomado pelo cansaço e por fortes dores”. Segundo o texto, “trata-se de episódio isolado que não condiz com o histórico de relacionamento do ministro com a imprensa”.
Leia a nota na íntegra:
“Em nome do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ministro Joaquim Barbosa, peço desculpas aos profissionais de imprensa pelo episódio ocorrido hoje, quando após uma longa sessão do Conselho Nacional de Justiça, o presidente, tomado pelo cansaço e por fortes dores, respondeu de forma ríspida à abordagem feita por um repórter. Trata-se de episódio isolado que não condiz com o histórico de relacionamento do Ministro com a imprensa.
O ministro Joaquim reafirma sua crença no importante papel desempenhado pela imprensa em uma democracia. Seu apego à liberdade de opinião está expresso em seu permanente diálogo com profissionais dos mais diversos veículos. Seu respeito pelos profissionais de imprensa traduz-se em iniciativas como o diálogo que iniciará no próximo dia 07 de março, quando receberá em audiência o Sr. Carlos Lauria, representante do Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ), ONG com sede em Nova Iorque.”
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