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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Reforma da Igreja faz 496 anos

Reforma da Igreja faz 496 anos
Quase cinco séculos depois, a Reforma que dividiu a Igreja Católica, criando o protestantismo no mundo, é comemorada mundialmente no dia 31 de outubro pelos evangélicos. Para celebrar os 496 da Reforma religiosa iniciada por Martin Lutero, na Alemanha, a Câmara do Recife aprovou requerimento do vereador Carlos Gueiros (PTB), para que D. Alexandre Ximenes, da Igreja Episcopal, fizesse na tarde dessa quarta-feira 30, palestra relembrando a trajetória histórica da mudança.

Carlos Gueiros abriu a palestra sobre a Reforma Luterana, que culminou com o aparecimento de denominações evangélicas no mundo inteiro, ressaltando que as mudanças foram religiosas, históricas, sociais e econômicas. “Governantes e religiosos europeus iniciaram na Alemanha o movimento encabeçado por Martin Lutero com repercussão em diversos países da Europa. Para falar sobre o assunto convidei D. Alexandre Ximenes, especialista em Reforma para dar uma aula sobre as transformações econômicas, sociais, culturais que aconteceram naquela época, notadamente com o surgimento de novas doutrinas e o renascimento cultural”.
D. Ximenes ponderou a dificuldade que seria falar sobre a Reforma em tão pouco tempo. Segundo ele, o movimento não aconteceu no dia em que Lutero afixou as 95 teses dele nos portões do castelo de Wintterberg, na Alemanha. Não estava só e foi seguido por outros como Calvino. “Tudo começa quando um monge se sente tomado por um versículo bíblico que diz que o homem viverá pela fé. As obras são os meios de se chegar a Deus, mas a fé e só ela leva a Deus. Isso alterou a caminhada de Lutero”.
O Bispo frisou que o termo Reforma assumiu tom pejorativo, lembrava rebeldes, mas quando se percebeu que é um movimento de Deus, um retorno à verdade, um retorno aos trilhos e padrões do Novo Testamento, toma fôlego e se espalha. Ele lembra que o século 16 foi de mudanças geográficas com as descobertas feitas por Portugal e Espanha. Foi também de mudanças políticas, com surgimento de nações-estado através da fragmentação da Europa. Os  governantes se libertam do poder central e surgem os humanistas cristãos.

Ele ensina que com a Reforma  surgiu a justificação pela fé, a supremacia das escrituras, a fé sobre as obras, e acaba o sacerdócio exclusivo. D. Ximenes lembrou que os princípios básicos da Reforma se fundam nos cinco Solas, quais sejam só as escrituras, só a fé, só a graça, só Cristo e só a Deus, glória.  Ele convidou a todos a refletirem sobre a base da Reforma, fundada no trinômio Fé, Família e Trabalho.

Em 30.10.2013, às 17h47.

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