AFP - Agence France-Presse
Publicação: 09/01/2015 22:17
Fidel Castro. Foto: www. cubadebate.cu /AFP/Arquivos Ho |
Vários jornais de Miami, bastião do anticastrismo, divulgaram que as autoridades cubanas convocaram uma entrevista coletiva, nesta sexta, para tratar dos rumores que circularam nas últimas 48 horas nas redes sociais.
Havana desmentiu a notícia.
"Isso é falso. Não foi convocada nenhuma coletiva de imprensa", disse à AFP um funcionário do Centro de Imprensa Internacional (CPI), o departamento do Ministério cubano das Relações Exteriores que atende os meios de comunicação estrangeiros.
"Sempre anunciamos da mesma forma (através de um e-mail aos meios de comunicação) e nada foi enviado", acrescentou o funcionário do CPI.
A AFP não recebeu nenhuma convocação pelos canais habituais usados pelo CPI: e-mail ou, às vezes, mensagens de texto de celulares.
Os rumores sobre a suposta deterioração da saúde do líder cubano foram estimulados depois que, na quinta-feira passada, completou-se um ano desde que ele foi visto em público pela última vez. Afastado do poder em julho de 2006, Fidel fez sua última aparição pública em 8 de janeiro de 2014, quando compareceu à inauguração da galeria do artista cubano Alexis Leyva "Kcho" - seu velho amigo - no oeste da capital.
Desde então, manifestou-se apenas algumas poucas vezes em artigos na imprensa, publicados pela imprensa oficial. As duas últimas foram em outubro.
Nos últimos meses, Fidel também recebeu líderes estrangeiros em sua casa em Havana. Em julho, ele recebeu em separado os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin. Algumas fotos imortalizaram esses encontros.
Sua ausência em meados de dezembro no momento do histórico anúncio do descongelamento das relações com os Estados Unidos e o retorno dos três agentes cubanos soltos por Washington alimentaram os rumores na ilha e no exterior sobre seu estado de saúde.
Fidel não comentou publicamente a histórica aproximação com Washington, celebrada pelo mundo inteiro, que pôs fim a mais de meio século de inimizade.
Desde que o pai da Revolução Cubana cedeu o comando a seu irmão Raúl, cinco anos mais novo, após uma cirurgia realizada em julho de 2006, seu estado de saúde foi inúmeras vezes objeto de boatos. Com as redes sociais, esses rumores ganham cada vez mais espaço.
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