Fortalecido com o sucesso de “Esse Cara Sou Eu”, Roberto Carlos faz série de shows no Chevrolet Hall
TALLES COLATINO, da Folha de Pernambuco
Unanimidade no jantar de Natal, o show de fim de ano de Roberto Carlos é tão parte da noite quanto o peru Sadia e a farofa rica. É como Simone reprocessando seu resistente “Então é Natal...”, com a diferença que o Rei está lá, nos dando a permissão de vê-lo, mesmo que na tela da televisão e mesmo com o repertório de sempre. Para a maioria dos fãs, não passa de um detalhe. Mas, há alguns anos, Roberto Carlos quebrou uma constante de lançamentos de canções inéditas e, com isso, abriu espaço para inúmeros especiais (como o “Emoções Sertanejas”, o “Elas Cantam Roberto” e, o mais recente, em Jerusalém) que, apesar de grandiosos, pouco acrescentaram a sua obra.
“A Volta”, música do álbum homônimo de 2005, foi o último grande sucesso do Rei proveniente de um disco de estúdio. E quando falamos “sucesso”, falamos no potencial hitmaker de Roberto, com sua capacidade única de adequar uma música ao imaginário romântico de, principalmente, mulheres que o veneram. Nesse sentido, demorou oito anos, mas, enfim, temos um novo conto-de-fadas-do-amor-romântico com assinatura de RC. “Esse Cara Sou Eu”, a voz mais forte que ecoa na novela global “Salve Jorge”, promove o reencontro de Roberto com ele mesmo.
E é sob esse retrato com filtro de Instagram do romântico profissional que Roberto Carlos se refaz, sem precisar mexer muito, para reencontrar o público recifense. Desta sexta-feira (07) até o domingo (09), o cantor ocupa o Chevrolet Hall, com camarotes e mesas esgotados para as apresentações desta sexta (07) e sábado (08), cujo início é às 21h. Restam apenas poucos camarotes e cadeiras VIP e Premium para o domingo (09), dia em os portões da casa abrem às 18h.
A turnê é motivada pelo sucesso do novo single, que foi lançado num EP de mesmo título, com quatro faixas. Além de “Esse Cara Sou Eu”, o disco traz “A Mulher Que Eu Amo”, “A Volta” e “Furdúncio”, um inusitado funk melody composto em parceria com Erasmo Carlos e que também integra a trilha sonora de “Salve Jorge”. Essas quatro faixas certamente estarão nos shows, juntamente com os grandes clássicos de sua trajetória, como “Detalhes”, “Emoções”, “Jesus Cristo”, entre outros.
Roberto não se apresentava no Recife há dois anos. A última passagem, em setembro de 2010, teve direito a duas apresentações com mesas e camarotes esgotados. De lá pra cá, Roberto Carlos continuou com o seu projeto Emoções em Alto Mar (um cruzeiro anual pela costa brasileira em um sofisticado transatlântico, onde o artista se apresenta com shows intimistas todas as noites), iniciou mais uma turnê internacional que passou pelo Peru, México e Estados Unidos e gravou o especial “Emoções em Jerusalém”, no Oriente Médio, em um grande show em frente à muralha da Cidade Antiga para um público de mais de 5 mil pessoas.
Abafados os rumores que envolviam um affair com a cantora Paula Fernandes, dizem por aí que Roberto Carlos estaria com um novo projeto: o de blindar sua suposta nova namorada, a alagoana Rosiana Beltrão, depois que seu nome vazou na imprensa. Ela, que é política e ex-prefeita do município de Feliz Deserto, em Alagoas, negou o envolvimento com o Rei através de nota enviada por sua assessoria. Se é uma estratégia de despistar os curiosos, ninguém sabe. Mas que Roberto é o cara para se proteger de estardalhaços, principalmente quando é amor que está em jogo, disso a gente não tem dúvida.
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