Com pouca estrutura, legendas montam estratégias para o pleito. Grupo já formou o
''G6'' e apostará nas redes sociais
Publicado em 16/02/2014, às 06h01
Miguel Anacleto foi lançado como o candidato do PCB ao governo do Estado
Clamilson Campos/JC Imagem
Enquanto os grandes partidos, como o PSB do governador Eduardo Campos, seguem na indefinição das chapas que vão disputar as eleições deste ano, as pequenas legendas correm por fora e buscam se cacifar para o pleito de outubro. A estratégia é fortalecer as chapas proporcional e majoritária, na tentativa de ganhar representação política, dentro do campo das esquerdas. As redes sociais são tidas como as principais ferramentas para compensar o pouco tempo de televisão que dispõem no guia eleitoral na TV e rádio e a escassez de estrutura financeira para tocar as campanhas.
A tática dos pequenos partidos vai desde o lançamento de candidaturas próprias, com nomes já conhecidos e testados nas urnas, até a formação de coligações, cujo objetivo é turbinar as candidaturas, tornando-as mais competitivas no enfrentamento à hegemonia dos grandes partidos. Um exemplo dessa estratégia é o chamado “G6”, autodenominado assim pelos diretórios estaduais do PSL, PRP, PRTB, PSDC, PTdoB e PHS, que se uniram para as eleições proporcionais.
Com a junção destes seis partidos, também há a possibilidade de lançamento de uma candidatura majoritária, embora, até o momento, nenhum nome esteja cogitado para a disputa. O foco inicial, diz o presidente do PRTB no Estado, pastor Edinázio Silva, que faz parte do G6, é viabilizar as candidaturas para federal e estadual.
O presidente estadual do PSL, Antônio de Oliveira, chama a atenção para o fato de que a maioria dos pré-candidatos do G6 já participaram de eleições. “E como tiveram votações expressivas, temos uma previsão de garantir, com os seis partidos unidos, aproximadamente 550 mil votos no plano federal. Com essa votação, poderemos fazer três deputados federais”, acredita. No Estado, o grupo tem, hoje, 156 vereadores, dois prefeitos, um vice-prefeito e um deputado estadual.
Já o PCB, que prega a luta socialista e o combate ao capitalismo, lançou a pré-candidatura do bancário Miguel Anacleto ao governo do Estado. Também analisa a possibilidade de fazer alianças com o PSOL e PSTU, bem como apresentar ao menos cinco candidaturas para deputado federal.
“Vamos expor as ideias do partido e denunciar os desmandos do governo do Estado, focados em questões básicas como saúde e educação. Não é uma disputa fácil, mas temos que apresentar outras alternativas à sociedade”, afirma Miguel Anacleto, para quem formar uma frente de esquerda é fundamental na oposição “às oligarquias políticas”.
O PSOL aposta na campanha casada, com candidaturas para o governo, Senado e Presidência da República, com o senador Randolfe Rodrigues (AP). No Estado, o presidente do partido, Zé Gomes, vai concorrer ao governo. A estratégia de interiorização da sigla, ao lançar candidaturas proporcionais do Litoral ao Sertão, prevê que mais de 70 candidatos entrem na disputa por vagas na Assembleia e Congresso. Edilson Silva é o mais cotado para Legislativo estadual.
O metalúrgico Zé Maria é a escolha do PSTU para a sucessão da presidente Dilma Rousseff. No Estado, pode se coligar ao PSOL e PCB para as disputas proporcional e majoritária.
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