A poucos dias de deixar o governo, socialista que agilizar projetos ao Legislativo
estadual. Deputados, contudo, negam conhecer o conteúdo da mensagem do
Executivo
Publicado em 18/02/2014, às 06h23
Clemilson Campos/JC Imagem
Último mês de gestão – uma vez que tem que se desincompatibilizar até 4 de abril, para poder concorrer à Presidência da República –, o governador Eduardo Campos (PSB) envia à Assembleia Legislativa, após o Carnaval, em março, um pacote de projetos que o Executivo deseja ver vigorando ou aprovados ainda este ano. A ideia é agilizar os de maior relevância para serem votados até maio, já sob o governo João Lyra Neto (PSB). A medida é uma precaução do atual governo contra o esvaziamento da bancada governista no segundo semestre, devido às eleições e às viagens dos deputados pelas bases ao interior.
O anúncio da chegada do pacote de projetos de lei do Executivo foi feito pelo novo vice-líder do governo na Casa, ex-secretário dos Transportes, Isaltino Nascimento (PSB, ex-PT). Ele disse, porém, não ter informações sobre conteúdos e áreas de interesse. “A pasta de Planejamento, coordenado pela Casa Civil, está fazendo o levantamento por secretarias. O que se quer são deixar demandas menores para o segundo semestre, quando deve haver pouca presença na Casa”, disse Isaltino. “A definição dos projetos é fechada nas reuniões de monitoramento. Não tem como sabermos o que vem nas mensagens”, despistou o deputado socialista, Aluísio Lessa.
O secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar (PSB) – um dos pré-candidatos à sucessão de Eduardo – minimizou a dimensão dos projetos, alegando ser o último ano do governo, por isso Eduardo quer deixar “as coisas encaminhadas”, sem pendências da gestão. “Não tem pacote. Não há nenhum esforço concentrado. O que está chegando é ação de adequação à legislação, alteração no orçamento ou projeto da rotina do governo. O que o governador assinar é porque é do interesse público”, afirmou.
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