Fiel crítico ao governo do PT, senador peemedebista sugere que o "remédio" para o
Partido dos Trabalhadores é a saída do comando nacional
Publicado em 18/02/2014, às 06h58
Do JC Online
Ferrenho opositor aos governos do Partido dos Trabalhadores (PT), o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) destacou em discurso, ontem, na tribuna do Senado Federal, que o melhor para o Brasil é a saída do PT do comando do Palácio do Planalto.
“Quando um partido político que está no governo se transforma numa seita fundamentalista com dificuldades em aceitar o contraditório, a democracia nos assegura o melhor remédio para evitar o pior: a alternância do poder. É esse cenário que vislumbro para as eleições presidenciais deste ano”, afirmou Jarbas.
Para o senador peemedebista, o PT foge dos problemas. “É sempre assim: quando não é a oposição, os petistas responsabilizam as ‘elites’, os países ricos, a Europa, os Estados Unidos, a ‘grande mídia’, a direita, os conservadores. Agora surgiu um novo personagem: o ‘terrorista’, todo aquele que ousa falar das fragilidades criadas no País pelo governo do PT, que está à frente da Presidência da República há quase doze anos.”
Falando em “ilha da fantasia”, o senador – dissidente do PMDB nacional que apoia a gestão do PT – afirmou que a presidente Dilma Rousseff vive uma redoma.
“O governo Dilma prefere continuar vivendo sob uma redoma de vidro opaco e blindado, ofuscado pelo próprio marketing, por meio do qual é vendida a fantasia de que o programa Mais Médicos resolveu os problemas da saúde, que as obras do PAC estão com uma execução satisfatória e que a maioria dos brasileiros está satisfeita com a atual situação do nosso País”, provocou.
Jarbas Vasconcelos disse que o PT foi o partido brasileiro contemporâneo que mais torceu e trabalhou “furiosamente” contra todos os governos aos quais fez oposição. “Foi essa postura falsamente purista que levou os petistas a rejeitarem a Constituição de 1988 e a trabalhar e votar contra o Plano Real, o Proer, a Lei de Responsabilidade Fiscal e as metas de inflação, durante os governos de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. O PT era o ‘black bloc’ das décadas de 1980 e 1990 e início deste século”, ironizou o peemedebista.
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