Alex na Folha
Aos domingos e terças-feiras, o jornalista Alex traz suas crônicas literárias e faz um passeio pelas artes e pela sociedade pernambucana.
Reflexões e ideias
Depende do dia, talvez da noite, quem sabe, mas em determinados momentos fico com pena ao ouvir o comentário de que uma garota de quatorze anos perdeu sua virgindade num banco traseiro de automóvel no incrível malabarismo sexual que se instalou.
Ou foi convencida a ir para um quarto de motel, dissimulando a idade, e entrando num espaço de espelhos intrometidos que, no ar cheirando a sexo, porque nas paredes não faltam as costumeiras fotos eróticas.
Perder a virgindade já foi um fato importante, hoje é uma história vulgar, banalíssima na vida e nas futuras lembranças de mocinhas que julgam que a independência antecipada pode levá-las a andar na corda bamba da indecisão.
Hoje é uma história vulgar que narram em tom de anedota, contam detalhes entre sorrisos e um drinque para estimular.
Que algo poderia ser fundamental no futuro, ou que poderia acontecer, como narrei acima, se o amor de jovens não terminasse com a doçura do verso poema de Emile Bronte: "doce amor da adolescência, perdoa".
E poderiam, noutros casos, com outras pessoas terem uma história de paixão, amor e ternura (um trinômio perfeito), até um distanciar-se na vida sem sustos e lágrimas.
Será que já pensaram em serem abandonadas sem motivo especial, em meio a um namoro com sabor de brincadeira, de dançar o rock, do biquíni mais audacioso, da forma do sexo masculino mostrando a sua sensação de indefinida fidelidade ou superioridade que leva ao prazer?
Ou mergulhar no ofuscar noturno das luzes perturbadoras de boates, que interferem nos olhos e no comportamento?
Essa juventude merecia alguém que falasse ou escrevesse, na linguagerm mais simples, mais sincera e realista o quanto é dolorosa a solidão quando alguém é abandonado.
Até os cães sofrem e saem chorando pelas ruas quando são abandonados pelos donos que eles, animais, foram capazes de amar, sem poder dizer ou perguntar por que eles, homens, mudaram de ideia sobre nós dois, por parte de um deles quase sempre acontece com os mais fracos.
Essa juventude merecia alguém que falasse ou escrevesse mostrando o quanto vai doer a solidão quando alguém é abandonado porque um dos parceiros poderá dizer a frase: "Agora mudei de opinião sobre nós dois, agora tudo o que acontecer será sempre igual a todos os outros, não teremos mais surpresas, mas nos divertiremos vez por outra, não foi legal tudo o que aconteceu?".
Ser abadonado assim, baseado no que foi um amor ou paixão, mostra que a armadura do amor não é suficientemente forte, mas que deve ser indelével, que é a memória que se dissipa mais lenta como os longos invernos com neblina.
Ser jovem significa ter longa vida para sentir novas emoções. Mas ser abandonado tão jovem pode deixar marcas por um longo tempo, até que sintam novas emoções, porque tudo nos tempos atuais ensina que nada é mesmo eterno.
Está em moda negar até a existência de Deus.
Procurar usar óculos escuros é só uma ilusão de ótica, uma diminuta máscara.
Ou foi convencida a ir para um quarto de motel, dissimulando a idade, e entrando num espaço de espelhos intrometidos que, no ar cheirando a sexo, porque nas paredes não faltam as costumeiras fotos eróticas.
Perder a virgindade já foi um fato importante, hoje é uma história vulgar, banalíssima na vida e nas futuras lembranças de mocinhas que julgam que a independência antecipada pode levá-las a andar na corda bamba da indecisão.
Hoje é uma história vulgar que narram em tom de anedota, contam detalhes entre sorrisos e um drinque para estimular.
Que algo poderia ser fundamental no futuro, ou que poderia acontecer, como narrei acima, se o amor de jovens não terminasse com a doçura do verso poema de Emile Bronte: "doce amor da adolescência, perdoa".
E poderiam, noutros casos, com outras pessoas terem uma história de paixão, amor e ternura (um trinômio perfeito), até um distanciar-se na vida sem sustos e lágrimas.
Será que já pensaram em serem abandonadas sem motivo especial, em meio a um namoro com sabor de brincadeira, de dançar o rock, do biquíni mais audacioso, da forma do sexo masculino mostrando a sua sensação de indefinida fidelidade ou superioridade que leva ao prazer?
Ou mergulhar no ofuscar noturno das luzes perturbadoras de boates, que interferem nos olhos e no comportamento?
Essa juventude merecia alguém que falasse ou escrevesse, na linguagerm mais simples, mais sincera e realista o quanto é dolorosa a solidão quando alguém é abandonado.
Até os cães sofrem e saem chorando pelas ruas quando são abandonados pelos donos que eles, animais, foram capazes de amar, sem poder dizer ou perguntar por que eles, homens, mudaram de ideia sobre nós dois, por parte de um deles quase sempre acontece com os mais fracos.
Essa juventude merecia alguém que falasse ou escrevesse mostrando o quanto vai doer a solidão quando alguém é abandonado porque um dos parceiros poderá dizer a frase: "Agora mudei de opinião sobre nós dois, agora tudo o que acontecer será sempre igual a todos os outros, não teremos mais surpresas, mas nos divertiremos vez por outra, não foi legal tudo o que aconteceu?".
Ser abadonado assim, baseado no que foi um amor ou paixão, mostra que a armadura do amor não é suficientemente forte, mas que deve ser indelével, que é a memória que se dissipa mais lenta como os longos invernos com neblina.
Ser jovem significa ter longa vida para sentir novas emoções. Mas ser abandonado tão jovem pode deixar marcas por um longo tempo, até que sintam novas emoções, porque tudo nos tempos atuais ensina que nada é mesmo eterno.
Está em moda negar até a existência de Deus.
Procurar usar óculos escuros é só uma ilusão de ótica, uma diminuta máscara.
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