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sábado, 1 de fevereiro de 2014

LEGISLATIVO Um inferno astral sem fim em Caruaru

Carro oficial da Câmara foi usado no Recife e recebeu duas multas, uma pelo condutor 

ser pego sob o efeito de álcool

Publicado em 01/02/2014, às 05h26

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Como se não bastassem as denúncias reveladas nas operações Ponto Final 1 e 2, que mancharam a imagem da Casa Jornalista José Carlos Florêncio, a Câmara de Vereadores de Caruaru vive mais uma denúncia. Desta vez, um carro oficial do Legislativo caruaruense foi multado duas vezes no Recife, sendo que em uma delas o condutor do veículo estava sob o efeito de álcool.
O veículo, um modelo Toyota Corolla 2011/2012, de placa PE0-9041, recebeu uma multa do Detran no dia 27 de dezembro de 2013 porque o condutor estava sem os documentos do carro. A multa, no valor de R$ 53,21, foi expedida na Avenida Engenheiro Abdias de Carvalho, no Recife, às duas horas da manhã. O motorista também foi multado por dirigir sob a influência de álcool. Nesse caso, a multa foi no valor de R$ 1.915,38.
Em nota, o presidente Câmara, Leonardo Chaves (PSD), disse nessa sexta-feira que ficou surpreso com a notícia sobre a utilização indevida de carro oficial da Casa Legislativa. O presidente afirmou que nunca dirigiu o carro oficial. “Nem como presidente do Poder Legislativo, nem como prefeito em exercício de Caruaru. A Casa vai apurar e o responsável será penalizado”, disse Leonardo Chaves. O nome do motorista não foi divulgado.
COMISSÃO DE ÉTICA
A direção estadual do Solidariedade enviou os casos dos vereadores Eduardo Cantarelli e Louro de Juá, ambos acusados na Operação Ponto Final, para o Conselho de Ética nacional da sigla. Outro vereador acusado, Jajá, foi expulso do PPS.
Os cinco parlamentares que estão sendo acusados no inquérito da Operação Ponto Final 2 já haviam sido presos, anteriormente, acusados de cobrar R$ 2 milhões para aprovar um projeto da prefeitura que prevê a implantação de um Bus Rapid Transit (BRT) em Caruaru. São eles: Evandro Silva (PMDB), Val das Rendeiras (PMN), que voltaram à cadeia, e os foragidos Neto (PMN), Pastor Jadiel (PROS) e Val de Cachoeira Seca (DEM). Outros cinco acusados na operação inicial também foram presos, mas hoje respondem ao processo em liberdade.
Nessa sexta-feria, o vereador Louro do Juá (DEM), um dos investigados, convocou entrevista para se defender de acusações em que ele aparece conversando com Eduardo Canterelli (SDD). Na gravação, divulgada pela polícia, ele diz: “Não vai sair nada, vamos passar o Natal comendo papel”.
Segundo Juá, a conversa aconteceu em dezembro, mas não tem o sentido de propina. Argumenta que dizia apenas que não havia saído nenhum resultado positivo no Tribunal de Contas do Estado, sobre o pedido de reajuste de salário dos vereadores.
“Na época, o TCE deu parecer contrário. O assunto era esse e eu quis dizer que teríamos que aprovar muitos projetos antes de fechar o ano, por isso usei a expressão comer papel”.
Ele ainda completou: “Nós vamos provar que não foi isso. Foi uma determinação (a suposta chantagem à prefeitura) que saiu de onde? A verdade vai aparecer”.

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