Telas de proteção e bonecos salvadores ainda não têm data para serem instalados
06/02/2014 21:05 - Geison Macedo, do Portal FolhaPE
Wagner Ramos/Arquivo Folha
Sobre os óbitos decorrentes por ataques de tubarão em Pernambuco, Rosângela acredita que os acidentes poderiam ter sido evitados caso as vítimas atendessem às orientações para as áreas de risco. “No caso da paulista Bruna Gobbi, por exemplo, ela foi avisada várias vezes pelo Corpo de Bombeiros, além de ter lido as instruções descritas nas placas de que o local onde tomava banho era perigoso”. Para a presidente do Cemit, a incidência de óbitos e ataques por tubarão poderia ser ainda maior caso não fossem as ações preventivas do órgão.
No entanto, algumas medidas para tentar diminuir a incidência de ataques no Estado ainda continuam em tramitação. Uma delas, a instalação de telas de proteção, segue à espera da publicação do edital de licitação para a aquisição do material. Segundo o Cemit, ainda não há uma data prevista para a divulgação do edital. Outra ação que se encontra emperrada é a implantação de bonecos salvadores no mar, equipados com transmissores que indicam a localização de um corpo em caso de afogamento ou ataques de tubarão. Assim como o edital para a compra das telas, o documento para aquisição dos bonecos ainda não tem data definida para ser publicado, de acordo com o órgão.
Dos ataques registrados em Pernambuco no ano passado, uma das vítimas é a turista paulista Bruna Gobbi, de 18 anos, primeira mulher a morrer pelo ataque do animal, no acidente ocorrido em julho, na praia de Boa Viagem. A outra vítima fatal é José Rogério da Silva, de 41 anos, que morreu na Praia de Enseada dos Corais. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) contatou que ele foi vítima de “ataque de animal de grande porte”.
Monitoramento
As embarcações Sinuelo e Pedrinho, utilizadas para capturar e marcar os tubarões na costa pernambucana, continuam realizando expedições periódicas. Segundo números atualizados fornecidos pelo Cemit, de 2004 até hoje foram marcados 69 animais, sendo praticamente metade deles oriundas de duas espécies identificadas como potencialmente agressivas e envolvidas na maioria dos acidentes: 29 do tigre e um do cabeça-chata. O restante dos tubarões monitorados, 39 ao todo, são da espécie lixa, que estão ameaçados de extinção e não oferecem risco à população.
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