Governador defendeu ex-presidente, alvo de pressão desde a deflagração da Operação Porto Seguro
Publicado Do JC Online
Presidente do PSB fez questão de elogiar a postura de Lula durante a presidência
Foto: ABr
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, defendeu nesta segunda-feira (3) o legado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vem sendo alvo de pressão da oposição e de setores da própria situação após a deflagração da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, que levantou suspeita de corrupção e tráfico de influência envolvendo a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo Rosemary Nóvoa Noronha, pessoa próxima ao petista e que chegou a esse posto por sua indicação.
Indagado se Lula devia explicações à sociedade, Campos afirmou: "Vamos compreender o papel de Lula como o do ex-presidente FHC (Fernando Henrique Cardoso) na história, de líderes que têm imperfeições, que cometeram erros, todos os dois, mas que legaram ao Brasil, cada um a seu tempo, algo que é importante para a vida brasileira até hoje (a democracia). O presidente Lula merece, do Brasil, respeito."
Campos destacou que pode ter até algumas divergências com Lula, mas é fundamental compreender o papel que ele teve na construção do País e que os que ainda não tiveram essa compreensão deverão tê-la daqui a 10, 20 ou até 30 anos. Apesar da defesa de Lula, o governador de Pernambuco defendeu que se apure tudo no âmbito desse escândalo e que as pessoas que usaram cargos públicos para tráfico de influência sejam punidas dentro da lei.
Indagado se Lula devia explicações à sociedade, Campos afirmou: "Vamos compreender o papel de Lula como o do ex-presidente FHC (Fernando Henrique Cardoso) na história, de líderes que têm imperfeições, que cometeram erros, todos os dois, mas que legaram ao Brasil, cada um a seu tempo, algo que é importante para a vida brasileira até hoje (a democracia). O presidente Lula merece, do Brasil, respeito."
Campos destacou que pode ter até algumas divergências com Lula, mas é fundamental compreender o papel que ele teve na construção do País e que os que ainda não tiveram essa compreensão deverão tê-la daqui a 10, 20 ou até 30 anos. Apesar da defesa de Lula, o governador de Pernambuco defendeu que se apure tudo no âmbito desse escândalo e que as pessoas que usaram cargos públicos para tráfico de influência sejam punidas dentro da lei.
"É preciso que se apure tudo e os responsáveis (por práticas ilegais) sejam punidos com o rigor da lei. O Brasil tem mudado, não se aceita mais que uma carga tributária de quase 36% possa ser administrada por práticas patrimonialistas, que não é mais admitido. E (o Brasil) tem mudado", frisou, citando como exemplo a independência que certas instituições, como a Polícia Federal, têm para agir.
Ao falar de Lula, o presidente nacional do PSB disse que o petista prestou ao Brasil um papel de grande relevância: "Ele, como um líder popular, viveu momentos difíceis na história, na ocasião em que faltava democracia ao País. Depois, chegou à Presidência da República e teve o equilíbrio de garantir um rumo seguro para a economia brasileira, ganhou prestígio, inclusive no exterior. Além disso, legou independência à Polícia Federal, como se vê até hoje, nomeou 8 ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF) que decidiram com isenção sobre um episódio que, no passado, jamais seria objeto de julgamento no Supremo. E estamos vendo um Ministério Público que não engaveta mais e que denuncia. Este é o legado que eu vejo do presidente Lula." As afirmações do governador foram feitas após o seminário "Novos ventos na política brasileira", promovido pelo jornal Valor Econômico.
O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), presente ao evento, também foi questionado sobre a Operação Porto Seguro da Polícia Federal e disse que antes de se fazer qualquer avaliação ou julgamento dos acontecimentos, é preciso aguardar (a conclusão das investigações). Haddad não acredita que este escândalo possa atingir, de alguma maneira, o ex-presidente: "Não é questão de imunidade (de Lula a essas denúncias), pois as pessoas conhecem o presidente suficientemente bem para saber (que ele não tem ligação com o escândalo)". Sobre a provável atuação dos investigados pela Polícia Federal no Ministério da Educação, o prefeito eleito disse que o atual ministro Aloizio Mercadante já abriu sindicância e prometeu uma resposta rápida para o assunto.
Ao falar de Lula, o presidente nacional do PSB disse que o petista prestou ao Brasil um papel de grande relevância: "Ele, como um líder popular, viveu momentos difíceis na história, na ocasião em que faltava democracia ao País. Depois, chegou à Presidência da República e teve o equilíbrio de garantir um rumo seguro para a economia brasileira, ganhou prestígio, inclusive no exterior. Além disso, legou independência à Polícia Federal, como se vê até hoje, nomeou 8 ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF) que decidiram com isenção sobre um episódio que, no passado, jamais seria objeto de julgamento no Supremo. E estamos vendo um Ministério Público que não engaveta mais e que denuncia. Este é o legado que eu vejo do presidente Lula." As afirmações do governador foram feitas após o seminário "Novos ventos na política brasileira", promovido pelo jornal Valor Econômico.
O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), presente ao evento, também foi questionado sobre a Operação Porto Seguro da Polícia Federal e disse que antes de se fazer qualquer avaliação ou julgamento dos acontecimentos, é preciso aguardar (a conclusão das investigações). Haddad não acredita que este escândalo possa atingir, de alguma maneira, o ex-presidente: "Não é questão de imunidade (de Lula a essas denúncias), pois as pessoas conhecem o presidente suficientemente bem para saber (que ele não tem ligação com o escândalo)". Sobre a provável atuação dos investigados pela Polícia Federal no Ministério da Educação, o prefeito eleito disse que o atual ministro Aloizio Mercadante já abriu sindicância e prometeu uma resposta rápida para o assunto.
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