Teresa atesta que o PT já perdeu demais com o imbróglio político e pessoal (Foto:Pêu Ricardo)
A complicada relação entre o prefeito do Recife, João da Costa, e o deputado federal João Paulo não pode conduzir as ações do PT em Pernambuco e no Recife. A avaliação é feita pela deputada estadual Teresa Leitão neste segundo trecho da entrevista ao Blog da Folha. A parlamentar faz a ressalva de que o partido já perdeu demais com esse imbróglio.
Muito se fala nos bastidores que o prefeito João da Costa se lançará candidato a presidente estadual do PT. A senhora, que se aproximou do prefeito durante as prévias, apoiaria essa postulação?
A nossa tendência política, como a gente foi militante e sábado tivemos uma plenária com 62 pessoas, estamos crescendo no Estado, exatamente por um fato que a gente faz questão de ressalvar a ficar presente no nosso manifesto. Nós fizemos uma releitura do nosso manifesto nessa plenária de sábado, e para a satisfação de todos nós, vimos como nós acertamos. A gente viu que o principal para o PT é fortalecer o seu projeto estratégico. A gente disse que não era bom a gente ter personalismo, que era salutar que o diálogo interno do PT vigorasse mais, fosse mais criativo, mais dinâmico, que as zonais fossem mais prioritárias. Tudo isso vimos lá no manifesto. E vimos que é fundamental para a vida do partido. Então, se os candidatos a presidente, ou o candidato a presidente, participar desse debate, é claro que ele está apto para ser um candidato. Se a nossa tendência vai apoiá-lo ou não, vamos aguardar o desenrolar das coisas. Tem outros nomes também.
A nossa tendência política, como a gente foi militante e sábado tivemos uma plenária com 62 pessoas, estamos crescendo no Estado, exatamente por um fato que a gente faz questão de ressalvar a ficar presente no nosso manifesto. Nós fizemos uma releitura do nosso manifesto nessa plenária de sábado, e para a satisfação de todos nós, vimos como nós acertamos. A gente viu que o principal para o PT é fortalecer o seu projeto estratégico. A gente disse que não era bom a gente ter personalismo, que era salutar que o diálogo interno do PT vigorasse mais, fosse mais criativo, mais dinâmico, que as zonais fossem mais prioritárias. Tudo isso vimos lá no manifesto. E vimos que é fundamental para a vida do partido. Então, se os candidatos a presidente, ou o candidato a presidente, participar desse debate, é claro que ele está apto para ser um candidato. Se a nossa tendência vai apoiá-lo ou não, vamos aguardar o desenrolar das coisas. Tem outros nomes também.
Mas ele está apto a ser presidente, uma vez que não tem uma questão resolvida com o deputado João Paulo?
Vai ter, porque uma coisa é o clamor de uma campanha. Depois, as coisas vão se assentando. Eu concordo com Ferro, quando ele diz: ‘não demos a devida atenção ao que ficou consignado dentro do PT como a briga de João Paulo e João da Costa. Não pode uma briga pessoal dessas duas lideranças do PT a direcionar e ser a referência dos caminhos do PT. Isso não existe. Isso vai ter que se superar, e já deu prejuízo demais para o PT e a gente vai ter que superar isso.
A derrota de Humberto Costa e João Paulo pode acarretar no fim da hegemonia do grupo do senador no PT pernambucano?
O surgimento de novas lideranças é uma coisa muito interessante e, inclusive, é uma coisa que ostenta tanto nas prévias. As prévias foram disputadas entre duas novas lideranças. Um deputado federal conceituado, forte e o prefeito da Capital, que cresceu politicamente como liderança nas prévias. Isso, para mim, foi a grande falha de leitura da (direção) nacional. A nacional deixou de homologar a candidatura de João da Costa, nas prévias, ou de Maurício, caso vencesse nas segundas prévia, mas deixou de realizar uma segunda prévia. E o senador, que foi o primeiro senador do PT, a gente não pode chamar Humberto de uma liderança velha.
O surgimento de novas lideranças é uma coisa muito interessante e, inclusive, é uma coisa que ostenta tanto nas prévias. As prévias foram disputadas entre duas novas lideranças. Um deputado federal conceituado, forte e o prefeito da Capital, que cresceu politicamente como liderança nas prévias. Isso, para mim, foi a grande falha de leitura da (direção) nacional. A nacional deixou de homologar a candidatura de João da Costa, nas prévias, ou de Maurício, caso vencesse nas segundas prévia, mas deixou de realizar uma segunda prévia. E o senador, que foi o primeiro senador do PT, a gente não pode chamar Humberto de uma liderança velha.
Amanhã, vai ter a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e há a possibilidade de o presidente, Guilherme Uchoa (PDT), e o primeiro-secretário, João Fernando Coutinho (PSB), serem reconduzidos. Por que não há renovação no comando da Casa?
Objetivamente, porque a Constituição foi alterada. Subjetivamente, acho que o modo de funcionamento da Assembleia produz um relacionamento com a Mesa que provoca esse tipo de posicionamento. A Mesa Diretora é administradora da Assembleia, muito mais do que a representação política. Ela tem essas duas tarefas. Mas termina, pela tarefa interna de relação, ter mais peso do que a tarefa política de representação. É uma Mesa que está dando certo, é o que dizem não é? É uma mesa que está trazendo benefícios para a Assembleia. Vamos inaugurar uma nova sede, já inauguramos um estúdio que mostra trabalho.
Mas ambos vão para o quarto mandato…
Acho exagero. Fui contra aquela PEC porque ainda acho que ela é inconstitucional, pois ela fere os princípios da impessoalidade, princípios previstos na Constituição, mas a Assembleia ganhou. Somente nove deputados votaram contra a PEC. Os dois estão usufruindo do direito que a Casa lhes deu.
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