Crianças que acompanham os pais até a unidade contam com espaço para recreação. Decoração infantil em algumas paredes ajuda a quebrar a frieza do distrito
Publicado em 24/04/2013, às 07h48
Do JC Online
Crianças ganharam área para brincar e desenhar enquanto pais prestam depoimento ou registram boletim de ocorrência
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Se o clima frio de uma delegacia de polícia já intimida os mais velhos, imagine o sentimento das crianças que precisam acompanhar os adultos em busca de algum serviço prestado pela unidade e, de repente, cruzam com algum acusado de crime ou presenciam confusões. Pensando nisso, a equipe de policiais civis da unidade de Jaboatão dos Guararapes, no Centro do município, se reuniu para criar uma brinquedoteca destinada aos pequenos que não têm com quem ficar enquanto os pais estão na sala do delegado. Criado há pouco mais de uma semana, o espaço contribui para quebrar a hostilidade característica do lugar. Em sete dias, as paredes já ganharam flores, sóis e desenhos coloridos.
"A delegacia fica em uma área carente, num limite meio urbano e rural do município, então, na maioria das vezes, os pais não encontram com quem deixar os filhos quando vão aos interrogatórios. As crianças eram obrigadas a acompanhar todo o depoimento, a rotina da delegacia, os presos passando para a cela, toda essa parte mais pesada do ofício policial, daí percebemos que deveríamos preservar as crianças desse tipo de exposição", explica o delegado Igor Leite, titular da unidade.
Apesar das pequenas dimensões, a sala conta com cadeiras e mesas coloridas, massa de modelar e alguns brinquedos. O dinheiro para aquisição do material saiu do bolso do delegado e dos policiais civis que trabalham na delegacia. "Compramos grande parte do material e também recebemos algumas doações da vizinhança que soube da iniciativa e se prontificou a ajudar", conta Igor Leite.
Segundo o delegado, a equipe já notou diferenças no comportamento dos depoentes. "Eles ficam mais tranquilos, porque antes se sentiam constrangidos em relatar casos de estupro ou tentativa de homicídio, por exemplo, na presença dos filhos", acrescenta.
Na tarde de ontem, uma jovem, que pediu para não ser identificada, estava na delegacia para prestar uma queixa contra o irmão. Ela precisou levar os dois filhos pequenos, de 3 e 6 anos, e se disse aliviada ao saber que havia uma brinquedoteca na unidade. "O assunto era muito delicado e não queria tratar sobre ele na frente das crianças, mas não tinha como deixá-las sozinhas em casa. Agora fiquei mais tranquila, porque os meninos estão sentados na mesinha lendo e brincando, até esquecem que estão em uma delegacia", conta a mãe.
"A delegacia fica em uma área carente, num limite meio urbano e rural do município, então, na maioria das vezes, os pais não encontram com quem deixar os filhos quando vão aos interrogatórios. As crianças eram obrigadas a acompanhar todo o depoimento, a rotina da delegacia, os presos passando para a cela, toda essa parte mais pesada do ofício policial, daí percebemos que deveríamos preservar as crianças desse tipo de exposição", explica o delegado Igor Leite, titular da unidade.
Apesar das pequenas dimensões, a sala conta com cadeiras e mesas coloridas, massa de modelar e alguns brinquedos. O dinheiro para aquisição do material saiu do bolso do delegado e dos policiais civis que trabalham na delegacia. "Compramos grande parte do material e também recebemos algumas doações da vizinhança que soube da iniciativa e se prontificou a ajudar", conta Igor Leite.
Segundo o delegado, a equipe já notou diferenças no comportamento dos depoentes. "Eles ficam mais tranquilos, porque antes se sentiam constrangidos em relatar casos de estupro ou tentativa de homicídio, por exemplo, na presença dos filhos", acrescenta.
Na tarde de ontem, uma jovem, que pediu para não ser identificada, estava na delegacia para prestar uma queixa contra o irmão. Ela precisou levar os dois filhos pequenos, de 3 e 6 anos, e se disse aliviada ao saber que havia uma brinquedoteca na unidade. "O assunto era muito delicado e não queria tratar sobre ele na frente das crianças, mas não tinha como deixá-las sozinhas em casa. Agora fiquei mais tranquila, porque os meninos estão sentados na mesinha lendo e brincando, até esquecem que estão em uma delegacia", conta a mãe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário