INVESTIGAÇÃO Elides silencia e Aline isenta assessor no caso da "cota fantasma"

Vereadora tucana sai em defesa do assessor e diz que moradoras de Brasília Teimosa foram candidatas

Publicado em 28/04/2013, às 00h06

Brasília Teimosa

Aline Mariano assegura que mulheres foram, sim, candidatas

JC Imagem

O caso das “candidatas virtuais” do PSDB tem causado polêmica em Brasília Teimosa. Citada como uma das responsáveis pela arregimentação das vítimas, a líder comunitária Elides Queiroz tem dito a vizinhos e conhecidos que está em depressão. Ela diz não ter ciência de que os documentos assinados pelas oito mulheres seriam usados para registro de candidatura.

No bairro, partidários de Elides afirmam que ela está sendo vítima de chantagem por parte dos filhos de algumas das mulheres envolvidas no episódio. Moradores da comunidade que defendem a líder comunitária argumentam que, ao ver que a previsão de gastos de campanha chegava a R$ 360 mil, alguns imaginaram que teriam direito a este valor e que Elides teria se apropriado do montante, sem repassar para as envolvidas.

Já a vereadora Aline Mariano (PSDB) preferiu responsabilizar as candidatas. AoJC, ela afirmou que seu assessor Herberth Alexandre “é um burocrata” e que foi à casa das senhoras apenas para resolver entraves e orientar a documentação.

“Fizemos a prestação de contas de todas elas. E elas foram votadas. Como é que elas foram votadas sem saber o número e sem fazer nenhuma campanha?”, indagou a vereadora e líder da oposição na Câmara do Recife.

A tucana disse confiar plenamente no assessor Herberth Alexandre e prometeu – caso o inquérito se transforme em processo – interpelar judicialmente as oito mulheres que a acusam de envolvimento em crime eleitoral. “Vou aguardar a conclusão do inquérito. Mas se elas estão acusando, precisarão provar. Vou aguardar e, caso seja concretizado o processo, também vou entrar com uma ação judicial obrigando-as a provar que foram enganadas”, destacou.

Apesar da gravidade da acusação, Aline Mariano demonstrou tranquilidade ao ser questionada sobre o episódio. “Já estou munida. Essa é uma acusação muito grave e eu sou uma pessoa séria. Jamais qualquer funcionário do meu gabinete enganaria ninguém, posso assegurar”, afirmou a tucana. O JCprocurou a líder comunitária Elides Queiroz, mas não obteve retorno das ligações.