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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Política Eduardo não vai “fugir à luta”

Publicado por Gilberto Prazeres, em 18.04.2013 às 09:51

Por Renata Bezerra de Melo
 
Da Coluna Folha Política
 
Era por volta de 1h, já adentrando pela madrugada de ontem, quando os primeiros convidados começaram a deixar a casa do senador Jarbas Vasconcelos, em Brasília, após o jantar oferecido, na terça à noite, ao governador Eduardo Campos. Em geral, os últimos a sair são sempre aqueles que possuem maior intimidade com o anfitrião.
Um resumido grupo manteve-se até o “fim da festa” para “encerrar os trabalhos” na casa do peemedebista: o senador Armando Monteiro Neto, o deputado federal Raul Henry, o senador socialista Rodrigo Rollemberg e o líder do PSB na Câmara Federal, Beto Albuquerque, além do anfitrião e do convidado principal e presidente nacional do PSB.
Já passava das 3h, quando os remanescentes resolveram ir embora. Para estes, os quais podem ser considerados “de casa” em relação a Eduardo, a determinação do dirigente do PSB em levar seu projeto presidencial adiante não é mais novidade. Mas, entre aqueles que deixaram a residência de Jarbas mais cedo, a exemplo do senador Cristovam Buarque, do PDT, o tom decidido de Campos surpreendeu.
O governador não permitiria que o jantar fosse finalizado sem antes emitir um forte recado, e o fez quando ouviu dos convidados que a disputa pelo Planalto era um desafio grande, mas que ele precisava enfrentar. Evocou, então, em tom poético, o avô Miguel Arraes para deixar claro que “não é homem de fugir à luta”.
Inspiração de Campos - Eduardo saiu com o seguinte apelo: “Meu avô, mesmo com uma metralhadora apontada para ele, não negociou com a ditadura para que os filhos se lembrassem dele com orgulho. Fui criado nesse ambiente. Não sou homem de fugir à luta!”.
Sai da frente
Ao recorrer à luta do avô contra a ditadura, Eduardo Campos deu a entender que não vai recuar da missão de enfrentar a presidente Dilma, nas urnas, em 2014. Por tabela, deixou nas entrelinhas uma resposta a Ciro Gomes, que indagou anteontem: “Vamos disputar com a Dilma pela direita?”. O governador frisou ter crescido na luta da esquerda.

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