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segunda-feira, 22 de abril de 2013

ANÁLISE Livro traz comentários de Benedito Nunes sobre Guimarães Rosa


A Rosa o que é de Rosa traz os muitos ensaios do filósofo e crítico literário paraense sobre o autor de Grande sertão: veredas

Publicado em 23/04/2013, às 00h08

Diogo Guedes

Grande sertão: veredas é um romance extraordinário, escrito em ‘linhas tortas’”. O veredicto do filósofo paraense Benedito Nunes (1929-2011), à época do lançamento do clássico de João Guimarães Rosa, era apenas um indício de uma obsessão mais duradoura. Durante toda sua vida de crítico e pensador ele iria se voltar para a obra do autor mineiro com um olhar sempre fascinado por aquele “realismo poético”.
Os textos críticos de Benedito sobre o escritor foram reunidos em um único volume, A Rosa o que é de Rosa: literatura e filosofia em Guimarães Rosa(Difel, 332 páginas, R$ 39), organizado pelo acadêmico Victor Sales Pinheiro. O livro mostra a relação constante de Benedito com a obra de Rosa, revelando um filósofo que não menospreza a literatura e nem o pensamento para fazer crítica literária. Há uma representação da grandiosidade da prosa do autor mineiro nessas diversas voltas para uma nova leitura e nova análise – sempre há o que se olhar de novo nela –, desde os ensaios de Benedito em O dorso do tigre(1969) até os passeios memorialistas da parte final de sua obra.

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